O enviado da Coreia do Norte à Malásia que acompanha as investigações do assassinato do meio-irmão do ditador Kim Jong-un descartou nesta quinta-feira (2) a autópsia que confirmou que Kim Jong-nam foi morto pelo gás VX, uma arma química de destruição em massa.
Para Ri Tong Il, um ataque cardíaco foi a provável causa da morte de Kim Chol, nome que constava no passaporte diplomático da vítima. O regime norte-coreano não reconhece que o meio-irmão de Kim Jong-un tenha sido morto. Ri disse ainda que a vítima tomava medicamentos para problemas cardíacos, diabetes e pressão alta.
A autópsia realizada pelo governo malasiano confirmou que Kim Jong-nam morreu pela ação do agente químico VX, num intervalo de 15 a 20 minutos. A Malásia acusou por homicídio as duas mulheres presas dias após o crime, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur. Um terceiro suspeito, norte-coreano, será libertado nesta quarta-feira por falta de provas.
As duas agressoras -a indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Doan Thi Huong- disseram à polícia que acreditavam estar participando de uma pegadinha de televisão.
Segundo a agência de inteligência da Coreia do Sul, o vizinho do norte planejou a morte de Kim Jong-nam, que era crítico ao regime do irmão.
Em meio à escalada na tensão diplomática entre Kuala Lumpur e Pyongyang, o governo da Malásia anunciou nesta quinta a suspensão da isenção de vistos para norte-coreanos. Com informações da Folhapress.