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Subtenente que matou policial dentro de quartel permanece preso no Bope

A família do sargento Paulo Andrade, de 44 anos, ainda tenta se recuperar da perda de Andrade que foi morto pelo subtenente da Polícia Militar José Adelmo Alves dos Santos, de 49 anos, com um tiro de pistola ponto 40 dentro do Comando Geral da PM-AC, em Rio Branco.


O crime ocorreu no dia 24 de novembro do ano passado e desde então, Santos permanece preso no quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope).


Ao G1, o coronel Júlio César, comandante da PM, informou que não deve se manifestar sobre o caso até que Santos seja julgado e o processo disciplinar contra o subtenente encerrado.


César disse ainda que o processo está sob responsabilidade da Vara da Auditoria Militar.
Quase três meses após o caso, a irmã do sargento Eliete Andrade, de 37 anos, diz que a família ainda luta para superar a dor e que buscam acompanhar de perto o processo de Santos. Porém, até o momento, não possuem informações sobre uma data para o julgamento dele. Ainda abalada ao relembrar a perda do irmão, ela diz que a lembrança de Andrade aparece todos os dias em pequenos detalhes.


“A dor não passa, não posso dizer que nós [família] estamos bem ou recuperados. Meu irmão sempre foi uma pessoa muito presente em nossas vidas. A situação é muito complicada e difícil dizer que vivemos a nossa vida como era antes de tudo acontecer, pois isso é impossível. Quando vemos uma viatura da PM ou um policial, automaticamente recordamos dele”, conta.


Eliete lembra ainda que possui outros dois irmãos militares e lamenta a demora para que o caso seja julgado. “Tememos que isso se torne apenas mais um caso em que esperam o tempo passar para que o crime caia no esquecimento. A família nunca esquece, quem perdeu um ente querido lembra e sofre todo dia”, afirma.



Entenda o caso
O segundo sargento Paulo Andrade, de 44 anos, foi morto no dia 24 de novembro de 2016, pelo subtenente da Polícia Militar do Acre, José Adelmo Alves dos Santos, de 49 anos, dentro do Comando Geral da corporação, em Rio Branco. A vítima teria sido atingida por um tiro de pistola ponto 40. Segundo a PM-AC, o motivo da morte teria sido uma briga entre os colegas de profissão.
Após o crime, o subtenente foi levado para o quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope), onde permanece preso.
Em 28 de novembro, Santos perdeu o contrato de reconvocação com a corporação, que estava em vigor há quatro meses. O desligamento do subtenente foi publicado no Diário Oficial. Na época, o coronel Júlio César, comandante da PM, disse que o subtenente quebrou o contrato a partir do momento em que agiu contra a vida de Andrade.
A publicação do Diário disse que Santos foi “flagranteado por crime doloso” e considera ainda que o militar “cometeu ato contra o decoro de classe e o pundonor” da PM. (G1 Acre)


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