Cada membro das famílias do Acre recebeu R$ 761 no ano passado, em média, o sétimo valor mais baixo entre as 27 capitais do País e também abaixo do salário-mínimo, que era R$ 880. Um ano antes, esse valor era de R$ 752, ainda como sétimo o que deixava o rendimento das famílias locais como o 8º menor. Os dados foram divulgados, nessa sexta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao apontar que a média nacional atingiu R$ 1.226.
Com o resultado, o rendimento das famílias do Acre só ficou acima do Ceará, Piauí, Amazonas, Pará, Alagoas e Maranhão, a mais baixa, equivalente a R$ 575, na média. O Distrito Federal manteve o valor mais alto, com R$ 2.351 seguido por São Paulo, que somou R$ 1.723.
Calculados com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), os números foram encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU) e servem como parâmetro para o rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), conforme estabelece a Lei Complementar 143/2013.
De acordo com o IBGE, os rendimentos domiciliares são obtidos pela soma dos rendimentos do trabalho e de outras fontes recebidas por cada morador no mês de referência da pesquisa. O rendimento domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares pelo total dos moradores. Esses rendimentos são calculados para cada unidade da federação e para o Brasil, considerando sempre os valores expandidos pelo peso anual da pesquisa.
Pelos dados divulgados, dentre as 27 unidades da federação em apenas 12 o rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população passa de R$ 1 mil. Em 2015, as mesmas 12 unidades da federação apresentaram rendimento nominal mensal per capita superior a R$ 1 mil.
De acordo com o IBGE, na Pnad Contínua, cada domicílio selecionado para participar da amostra é pesquisado durante cinco trimestres consecutivos, sendo uma única vez a cada trimestre. Esse esquema possibilita a investigação de temas em determinado trimestre ou, anualmente, em determinada entrevista ao longo de quatro trimestres. Por exemplo, os resultados de um tema podem ser obtidos pela acumulação das informações dos domicílios em que se realiza a primeira entrevista no 1o, 2o, 3o e 4o trimestres de determinado ano. Dessa forma, ao longo de um ano, acumulam-se 80% da amostra, cujo universo atingiu, aproximadamente, 169 mil domicílios, no ano passado. Com informações Atribuna