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Polícia quer saber se lancha que matou jovem podia trafegar à noite

A Polícia Civil quer saber se a moto aquática e a lancha envolvidas no acidente que terminou com a morte da jovem Bárbara Bispo, de 23 anos, no dia 15 de janeiro, poderiam estar trafegando durante à noite, já que o acidente ocorreu por volta das 19h30.


O delegado que investiga o caso, Rêmulo Diniz, diz que um laudo da Marinha do Brasil deve confirmar essa e outras questões relacionadas ao caso.


O delegado afirma que foi solicitado da Marinha informações se as documentações das embarcações estavam em dia, assim como com relação à habilitação dos condutores e a questão da iluminação tanto da moto aquática como da lancha envolvidas no acidente. Segundo Diniz, as embarcações permanecem apreendidas até o final do inquérito que foi prorrogado por mais 30 dias.


“Como foi um acidente no rio, precisamos dessas informações. A capitania dos portos encaminhou de Boca do Acre para Rio Branco uma equipe que fez um laudo, mas só que está pendente ainda esse laudo chegar com as informações que foram solicitadas. São informações quanto ao horário de uso das embarcações, a regularidade da documentação e também das habilitações para guiar os veículos”, afirmou o delegado.


O laudo cadavérico, de acordo com Diniz, já foi entregue à Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção de Pessoas (DHPP), que está analisando as informações apontadas pelo médico legista. O delegado afirmou que o resultado do laudo deve ser comentado posteriormente para não atrapalhar as investigações.


“Já foram ouvidas ao menos 12 testemunhas, tanto os que estavam nas embarcações, além de populares que estavam na Gameleira e visualizaram todo o acidente. Falta ouvir o condutor da lancha, que está sendo apontado como o autor da fatalidade ou crime, caso venha a confirmar. As conclusões serão dadas em no máximo 15 dias, dependendo da Marinha”, concluiu o delegado.



Entenda o caso


A jovem Bárbara Bruna Bezerra Bispo, de 23 anos, morreu no dia 15 de janeiro deste ano vítima de um acidente no Rio Acre, em Rio Branco. O acidente ocorreu em frente à bandeira do Acre, que fica na Gameleira, no bairro Quinze. Bárbara, de acordo com o Corpo de Bombeiros, estava pilotando a moto aquática que se chocou contra uma lancha.
No dia seguinte ao acidente, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a jovem estava grávida de aproximadamente um mês. Uma equipe da Marinha de Boca do Acre, no Amazonas, foi enviada à capital acreana para investigar o caso.


A moto aquática que Bárbara pilotava se chocou, segundo os Bombeiros, contra a lancha do empresário France Spym Soster, conhecido como “Gringo”. Em matéria publicada dois dias após o acidente, a defesa do empresário informou que Soster está “abalado” após o ocorrido e que era muito amigo da jovem.
O advogado do empresário alegou que Soster não estava em alta velocidade, não tinha consumido bebidas alcoólicas e tentou frear quando viu Bárbara se aproximando.


A família de Bárbara disse que pretende acionar a Justiça para que o empresário pague uma pensão para o filho de Bárbara. Em conversa com o G1 no dia 17 de janeiro, a tia da jovem, Antônia Bispo, de 40 anos, confirmou que o empresário prestou assistência à sobrinha, inclusive, bancou todas as despesas funerárias. Ela disse ainda que a sobrinha era muito amiga de Soster.


Apesar da assistência prestada, Antônia contestou a versão da defesa e diz que o empresário estava em alta velocidade e tinha consumido bebida alcoólica. “Ele tinha bebido e muito. A Bárbara Bruna também tinha bebido. Todos estavam bebendo. Tem muita coisa mal contada nessa história”, finalizou. (Com informações G1 Acre)


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