Os depoimentos prestados por funcionários e ex-funcionários da Odebrecht em 77 acordos de delação premiada foram homologados pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, após a morte do ministro relator Teori Zavascki em janeiro de 2017. As declarações poderão ser usadas em inquéritos e ações penais.
Na lista disponibilizada pelo site Folha de São Paulo aparecem políticos importantes como o ex-presidente Lula (PT), Aécio Neves (PSDB), e o atual presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Os irmãos Jorge e Tião Viana, senador e governador do Acre, respectivamente, também aparecem na temida lista de delações.
De acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, o senador Jorge Viana é citado na lista por supostamente ter recebido R$ 300 mil em dinheiro vivo da empreiteira em 2014, o que configuraria caixa dois. Viana se defende e diz que não pediu ou recebeu recursos ilegais e que considera as suposições absurdas.
Já o governador Tião Viana, segundo a reportagem, é citado na lista de delações como o “Menino da Floresta” e teria recebido cerca de R$ 2 milhões em caixa dois para sua campanha ao governo do Acre, em 2010.
Tião negou irregularidades e disse nunca ter se reunido com funcionários da Odebrecht. (Com informações Folha do Acre)