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Fecomércio/AC se opõe ao aumento da tarifa de ônibus

A Fecomércio/AC votará contra o aumento da tarifa de ônibus na reunião do Conselho de Transportes Públicos do Município de Rio Branco, que será realizada, nesta sexta-feira, 10 de fevereiro.


O anúncio do reajuste da passagem de ônibus foi feito em janeiro pela Prefeitura de Rio Branco. A ideia é que o valor passe de R$ 3 para R$ 4,08. Porém uma liminar suspendeu a votação sobre o aumento das passagens de ônibus em Rio Branco. A decisão foi dada pela juíza de Direito Zenair Ferreira Bueno, titular da 1ª Vara da Fazenda na capital acreana, ao grupo de entidades ligadas aos movimentos sociais e vereadores que ingressaram com uma ação popular.


“As empresas do comércio de bens, serviços e turismo já não suportam arcar com tão elevado custo, já que têm que conceder vale-transportes para seus funcionários. É preciso rever essas questões. Hoje deixamos de contratar mais funcionários por conta do valor elevado do vale transporte. Queremos empregar mais pessoas, mas isso esta ficando cada vez mais difícil”, apontou o membro representante da Fecomércio/AC no Conselho Tarifário de Transportes Municipal e secretário da instituição, Valdemir Alves Nascimento.


Nascimento disse ainda que o aumento da passagem não resolve o problema, os impostos são altos e por isso não há um equilíbrio nas empresas. “Em outros estados, o ICMS para o combustível, por exemplo, recebe um tratamento diferenciado, mas no Acre isso não ocorre, por isso somos solidários a essa questão”, destacou.


Aumento é necesário, afirma RBTrans


Forneck defende que o valor de R$ 3 não se sustenta mais e que o aumento é necessário. Segundo ele, o Imposto Sobre Serviços (ISS) venceu em dezembro e atualmente a passagem deveria custar R$ 3,23. Caso as empresas entrassem com um processo a prefeitura teria de reembolsar todo o valor dessa diferença de R$ 0,23 aos empresários.


“E, com os reajustes que ocorreram de combustíveis e a questão da folha de pagamento deles, isso aumentou o custo. Então, infelizmente os R$ 3 não se sustentam mais senão o sistema entra em colapso. Nas planilhas o Sindcol e a RBTrans avaliam os custos operacionais, impostos, encargos e insumos como pneus, peças, óleo diesel, mão de obra, manutenção dos terminais, tecnologia de investimento entre outros itens”, explica.


O diretor diz que o aumento é uma certeza, pois existe um contrato que estabelece que as empresas possam pedir o reajuste a cada 12 meses. Ele afirma que os valores devem acarretar em novos investimentos em terminais e implantação de novos sistemas tecnológicos.


“Nos últimos quatro anos nós tivemos a entrada de 87 novos carros. Houve investimentos nos terminais e já temos 60% do sistema de bilhetagem eletrônica operando o que facilita o embarque das pessoas. Temos GPS para termos o maior controle e até para punir as empresas em casos de infração. Também preparamos investimentos na área de tecnologia para que as pessoas saibam os horários dos ônibus e estejam na parada na hora certa”, finaliza.


Com informações do G1


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