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Famílias pedem justiça por jovens mortos em confronto com a polícia

Familiares pediram justiça, na manhã deste sábado (4), pelas mortes dos jovens Frank Willian Alves da Silva, de 19 anos, e Sérgio da Cruz Santana, de 23. A dupla morreu durante um confronto com a polícia na tarde de sexta-feira (3), em Sena Madureira, interior do Acre. Inicialmente a polícia divulgou a morte de apenas um deles, o dado foi atualizado posteriormente.
A reportagem entrou em contato com o delegado responsável pelo caso, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.


Os mortos e outros quatro homens, segundo a Polícia Civil, estavam escondidos em um matagal após terem assaltado uma casa em Manoel Urbano, cidade vizinha. Após praticarem o crime, a quadrilha fugiu para Sena Madureira pelo Rio Purus. O assalto ocorreu na segunda-feira (30), segundo a polícia.


Conforme o irmão de Santana, que preferiu não ser identificado, o irmão havia ido morar em Sena há dois meses quando começou a integrar uma facção criminosa. Segundo ele, o irmão estava desaparecido há quase duas semanas. Nesta manhã ele foi ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer a liberação do corpo.


“Eles alegam que foi troca de tiros, que apenas revidaram, mas como é que vamos saber? Meu irmão fez coisas erradas sim, mas deveria ter sido preso e pagado por isso, não morrer dessa maneira. Esperamos que o caso seja investigado e que seja feita justiça”, disse.


Já a tia de Silva, que também pediu para não ter a identidade revelada, relatou que os pais do jovem estão muito abalados e não conseguem acreditar no que ocorreu. Ela conta que o sobrinho disse à família, há cerca de nove dias, que estava indo para uma colônia e retornaria no dia seguinte, porém após três dias sem notícias começaram a ficar preocupados. Na noite de sexta, a família soube da morte do jovem.


“A gente nunca entendeu porque ele fez isso, ele nunca precisou, sempre teve tudo. Ele trabalhava em uma firma de Rio Branco e havia voltado há dois meses para Sena Madureira e isso aconteceu. Disseram para gente que eles estavam aterrorizando as famílias dessa colônia que tinham feito vários assaltos. É tudo muito difícil e agora só pedimos justiça”, finaliza.


G1 Acre


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