A Polícia Militar do Estado do Acre (PM/AC) baixou uma espécie de portaria, através de um aviso assinado pelo 2° sargento Dalguiberto Santos da Silva, onde recomenda que o material bélico, armas e munições, sejam devolvidas após o serviço. O racionamento de munição é justificado pelo próprio 2° sargento que afirma que há um número reduzido de munição.
O aviso de racionamento de munição foi duramente criticado pelo presidente da Associação dos Militares do Acre, Joelson Dias, que afirmou que o aviso deveria ter sido assinada pelo próprio comandante-geral da PM, coronel Júlio Cesar, que é o responsável por toda a tropa.
Dias também afirmou que é impossível enfrentar a crescente onda de violência quando não há estrutura adequada oferecida aos policiais.
“Quem deveria assinar a nota era o próprio comandante. Com relação ao racionamento de material bélico fica cada vez mais claro que é difícil para nossos policiais enfrentar a marginalidade que está sempre melhor armada e em em número maior”, diz.
Joelson, que inúmeras vezes denunciou a falta de apoio do governo à PM, afirmou que é lamentável que as facções criminosas continuem a dominar o estado e que os policiais não tem condições de revidar.
“O material bélico dos marginais é quantidade maior e mais atual. Assim que sofre é a população que vai ficar desassistida”, diz.
A reportagem entrou em contato com o subcomandante da Polícia Militar, coronel Ricardo Brandão, que negou o racionamento.
“Essa informação não procede. Agora em janeiro recebemos doação de 7 mil cartuchos da Sesp e também no mês de dezembro de 2016 recebemos mais de 5 mil cartuchos”, diz. (Folha do Acre)