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Brasileira diz que sofre bullying em prisão filipina

A mãe de Yasmin Fernandes Silva, que tem medo de mostrar o rosto, conseguiu falar com a filha após várias tentativas frustradas desde que a jovem está
presa nas Filipinas
por tráfico de drogas. Ela foi flagrada, há quatro meses, com seis quilos de cocaína no aeroporto da capital Manila.


O futuro da brasileira começa a ser definido nesta quarta-feira (8), data da audiência em que a Justiça filipina vai apresentar a acusação formal contra ela. A estratégia da defesa é tentar derrubar o primeiro depoimento da jovem brasileira, alegando que a confissão aconteceu sem a presença de um advogado.


O julgamento ainda não tem data para acontecer. Na ligação com a mãe, Yasmin pede a sessão aconteça no Brasil. “O Brasil precisa fazer algo para me ajudar, é o meu país”, diz a jovem no telefone.


Muito emocionada, ela chora e conta que está com saudades da mãe. “Quero voltar para casa”, afirma.



Yasmin está num presídio feminino da região metropolitana de Manila, onde água potável e cama para dormir tem que ser pagas pelas detentas. Na conversa, ela reclama do tratamento que vem recebendo no local.


“Eu não falo a língua deles, eu não falo inglês, não entendo o que eles falam; fazem bullying comigo, tudo é culpa minha. Não quero passar o resto da vida nesse lugar, é muito ruim”, detalha.


O Itamaraty acompanha o caso, mas os acordos diplomáticos entre Brasil e Filipinas não preveem extradição neste tipo de situação.


O presidente filipino Rodrigo Duterte, que trava uma dura guerra contra o narcotráfico não descarta restabelecer a pena de morte no país. A lei filipina prevê penas de até 40 anos de prisão por tráfico de drogas.


UOL


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