Desde que o cientista russo Dyomin Damir Zakharovich declarou que o 2016 WF9 colidiria com a Terra e poderia dizimá-la, que o asteroide é notícia. Foi até apelidado de ‘asteroide do fim do mundo’. O corpo celeste de um quilômetro de diâmetro, que colidiria com a atmosfera terrestre no próximo dia 16, continua a ser taxado como inofensivo pela Nasa.
Na tentativa de apaziguar ânimos, talvez a Nasa tenha feito exatamente o oposto: as informações são de que, entre 1988 e 2016, 17 asteroides atingiram a Terra com energia comparável à bomba atômica. Nas contas da agência espacial norte-americana, os que passaram pela atmosfera sem colidir chegam a 698.
Conforme lembra a coluna Mensageiro Sideral, da Folha de S. Paulo, Lindley Johnson, oficial de defesa planetária da Nasa, a passagem perigosa mesmo ocorreu em 15 de fevereiro de 2013. O asteroide que “caiu” em Chelyabinsk, na Rússia, tinha 20 metros e uma potência de 30 bombas de Hiroshima. Cerca de 1.5 mil pessoas ficaram feridas.
De acordo com a Nasa, asteroides colidem sim com o planeta, e podem ser tão ameaçadores quanto terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, furacões. Mas nada como o que causou a extinção dos dinossauros. Para ser realmente ameaçador, segundo a Nasa, um asteroide teria de ter mais de 1 quilômetro de diâmetro e, nas contas da agência, apenas 874 corpos celestes se enquadram neste perfil.
O fim próximo
O 2016 WF9 é monitorado pela Nasa há cinco anos. Zakharovich defende, segundo o Mundo & Ciência, que até o trajeto do corpo celeste é conhecido: passaria por baixo do Cinturão de Asteroides e pela órbita de Marte, colidindo com a Terra. O local do impacto não foi previsto, mas o russo garante que pode causar explosões e tsunamis.
A Nasa garante que o asteroide passará a 51 milhões de quilômetros da órbita da Terra, sem representar nenhum risco. Em réplica, Zakharovich alardeou que a Nasa está errada ou guardando segredo para evitar um pânico global.