Que carisma! Kazim dá show em coletiva: “Morro por essa camisa”


O nome é chique, mas Colin Kazım-Richards mostrou um imenso carisma e humildade ao ser apresentado como novo jogador do Corinthians, nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava. Misturando palavras em inglês e português durante a entrevista coletiva, o atacante inglês naturalizado turco falou da emoção em defender o Timão e disse ter se identificado de imediato com a história popular do clube.


– A Europa não é igual ao Brasil. Minha família não tinha direito, meus amigos foram presos. Eu tive sorte por ser jogador. Minha mãe cozinhava para mim e meus irmãos, igual toda a torcida corintiana. Ser chamado de Gringo da Favela é normal para mim – disse.


– Eu conheço essa realidade. Eu jogo futebol há 13 anos, e antes disso, eu não tinha comida, eu não tinha chuteira. Eu não moro na favela, não sou da favela, mas eu entendo tudo. Meu melhor amigo foi preso, meus primos foram presos. Eu entendo gente que não tem o que comer, mas usa o dinheiro para comprar ingresso para ir ao estádio – afirmou.


Kazim falou com os jornalistas sentado entre os dois filhos e pedindo ajuda para a esposa na tradução de algumas palavras. Sem timidez, o atacante prometeu se doar ao máximo para ajudar o Timão a se recuperar em 2017.


Jogar no time que o Ronaldo jogou é muito bom. Eu nasci em Londres e nunca imaginei jogar no Corinthians, nem em sonho. Agora é jogar. Eu luto muito em campo e tenho característica de jogador do Corinthians. Eu jogo com raça o tempo todo


Kazim, novo atacante do Corinthians


– O meu filho não conhece outro time. Ele é corintiano. Fomos em uma loja e perguntei qual camisa ele queria e ele escolheu a camisa do Corinthians. Minha esposa nasceu em Guarulhos. Tudo caminhou para eu jogar aqui. Eu tenho paixão e tenho coração para jogar aqui. Eu morro para o meu time, eu morro para essa camisa.


Aos 30 anos, Kazim rodou o mundo com o futebol. Na Turquia, defendeu os rivais Galatasaray e Fenerbahçe. Passou ainda por Toulouse, da França, Olympiakos, da Grécia, Blackburn, da Inglaterra, Feyenoord, da Holanda, e Celtic, da Escócia. Depois de atuar pelo Coritiba no ano passado, chegou ao clube em que atuou seu grande ídolo: Ronaldo Fenômeno.


– Jogar no time que o Ronaldo jogou é muito bom. Eu nasci em Londres e nunca imaginei jogar no Corinthians, nem em sonho. Agora é jogar. Eu luto muito em campo e tenho característica de jogador do Corinthians. Eu jogo com raça o tempo todo – disse.


Missão:
– Meu objetivo é ajudar o Corinthians. Ele é o melhor clube do América. Eu vim aqui, porque é meu sonho jogar em um grande time como o Corinthians. Meu pai adora o futebol brasileiro. Ele tem 49 anos e gosta de Zico, Romário, Ronaldo Fenômeno.


A cara do Corinthians:
– Eu luto muito em campo e tenho característica de jogador do Corinthians. Eu jogo com raça o tempo todo.


A experiência no Coritiba:
– Eu quero falar obrigado ao Coritiba. Aqui é diferente, não se pode explicar. Estou há dois dias e tem mais de 50 pessoas trabalhando aqui. É tudo maior. O Campeonato Brasileiro é difícil, todo jogo é um grande jogo. Tem 13 times que podem ganhar o título. Eu tinha proposta para China, Dubai, mas eu falei que queria jogar aqui. Ganhar um título com o Corinthians seria muito bom. Eu não fiz pré-temporada antes de jogar no Coritiba, eu joguei direto.


Dificuldades com a língua:
– Individualmente, eu falo bem. Mas em coletiva é mais difícil. Meu filho me ajuda muito, ele fala bem. Ele me corrige.


 


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