Detentos rebelados de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, estão fazendo uso de aparelhos celulares. As ligações são feitas de cima dos telhados do pavilhão 5 da unidade. Do lado de fora, policiais militares da Força Nacional apenas observam. Na manhã desta sexta (20) os presos continuam soltos pelos pavilhões e pelos pátios do presídio.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os bloqueadores de celular instalados em Alcaçuz foram desligados para não atrapalhar o trabalho da polícia, que reforça o patrulhamento na área externa da unidade.
Este é o sétimo dia de motim na penitenciária, onde pelo menos 26 presos foram assassinados no fim de semana. A PM afirma que outros detentos também foram mortos no confronto ocorrido nesta quinta.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Com capacidade para 620 presos, a unidade possui atualmente 1.150 detentos. A grande maioria dividida em duas facções criminosas. De um lado o PCC. Do outro, o Sindicato do RN, dissidente da facção que nasceu nos presídios de São Paulo. Desde o sábado passado, os rivais se digladiam dentro da unidade.
Nos pavilhões 1, 2 e 3, estão presos do Sindicato do RN. Já os pavilhões 4 e 5 são ocupados pelo PCC. O pavilhão 4 foi dominado no sábado, quando aconteceu a matança.