“Meu filho pode morrer porque não têm pediatras nas UPAs do Acre”, desabafa pai

O representante comercial Jair Botelho enviou à redação um vídeo onde denuncia falta de pediatras nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Segundo Distrito e Franco Silva, na Baixada da Sobral.


Ele relata que esteve na manhã de quinta-feira (26), na UPA Franco Silva procurando atendimento médico para o seu filho, um bebê de apenas 7 meses de vida, que estava há três dias sofrendo com febre alta. Jair conta que, na Upa da Sobral, ele foi informado que não havia médico pediatra, e foi direcionado a procurar a unidade do 2º Distrito de Rio Branco.


Jair conta que levou o filho para a Upa 24 horas, que fica em frente à Rodoviária Internacional de Rio Branco, mas ao chegar na recepção sua tentativa de conseguir uma consulta para o bebê foi frustada. Segundo ele, a atendente informou que lá também não tinha médico pediatra, “virou as costas e não quis nem saber da situação”.


Veja o vídeo:



O pai, preocupado com a saúde do filho, ficou revoltado com a falta de profissionais dessa área nas unidades de atendimento da cidade. “Um pai de família, uma mãe de família que trabalha e paga seus impostos, que faz de tudo pra andar dentro da lei. Pra gente vim e ver esse descaso com a população”, disparou o representante comercial.


Na gravação, ele critica o poder público, classificando a falta de médicos como descaso com a saúde pública, e teme que o filho morra por falta de atendimento.


“Pagamos nossos impostos e estamos dentro da lei, mas quando precisamos de atendimento vivemos esse descaso com o ser humano. Nem cachorro é tratado assim. Meu filho corre risco de morrer por falta de atendimento público”, desabafa.


A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), que informou que durante a quinta-feira realmente não haviam médicos pediatras atendendo nas Upas. Porém, a versão da direção da Upa do 2º Distrito é contraditória, já que eles informam que os clínicos gerais estavam atendendo os casos de emergência infantil.


O pai que fez a denúncia não conseguiu consultar o filho, e voltou para casa indignado com a situação em que se encontra o serviço de saúde publica no estado.


Folha do Acre


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