Atingidos pela cheia do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, reclamam da falta de água potável e energia elétrica

Moradores do bairro Miritizal, no segundo distrito de Cruzeiro do Sul, reclamam da falta de água potável e de energia elétrica. Os serviços foram suspensos pela prefeitura da cidade e pela Eletrobras, respectivamente, devido à cheia do Rio Juruá, que neste sábado, 28, atingiu o nível de 13,62 metros – 60 centímetros acima da cota de transbordamento.
A convite do vereador Elenildo de Souza (PP), a reportagem do esteve no Miritizal, onde a rua principal está completamente submersa.
Além da falta de energia e água encanada, os ribeirinhos contabilizam prejuízos com a perda de suas pequenas plantações. Piscicultores também temem a elevação do nível do Rio Juruá.


É o caso do pescador Zé do Deba, que se mudou para o bairro há pouco mais de três anos, e investiu na criação de peixes. Seus três açudes podem ser tomados pelas águas do manancial a qualquer momento, o que lhe traria prejuízos de aproximadamente R$ 20 mil.


“Mas a minha maior preocupação é com a minha casa”, disse ele. A água está a menos de um metro de alcançar o imóvel.


Outras residências no bairro já estão submersas. E para entrar ou sair do local, os moradores precisam fazer uso das embarcações.
O posto de saúde parou de funcionar. “Não há como os médicos chegarem aqui”, assegurou Elenildo. A escola de ensino fundamental localizada no bairro também corre o risco de não funcionar, caso a cheia persista.


Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, capitão Rômulo Barros, a previsão é de mais chuvas nos próximos dias nas cabeceiras do Rio Juruá. Isso significa que o nível do manancial deverá se elevar ainda mais nas próximas 48 horas. (Com informações AC 24 Horas)


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