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‘Incompatibilidade de pensamento’, diz subcomandante sobre demissão

A carta com o pedido de demissão foi enviada ao comando da PM em meio a uma onda de execuções registradas na capital acreana. Somente entre o sábado (3) e o domingo (4), ao menos cinco mortes foram registradas.
A carta com o pedido de demissão foi enviada ao comando da PM em meio a uma onda de execuções registradas na capital acreana. Somente entre o sábado (3) e o domingo (4), ao menos cinco mortes foram registradas.

A carta com o pedido de demissão foi enviada ao comando da PM em meio a uma onda de execuções registradas na capital acreana. Somente entre o sábado (3) e o domingo (4), ao menos cinco mortes foram registradas.

O subcomandante da Polícia Militar do Acre (PM-AC), coronel Ulysses Araújo, afirmou que o pedido de demissão do cargo, feito na segunda-feira (5), foi motivado por “incompatibilidade de pensamento” com o comando. Araújo falou sobre o assunto durante entrevista coletiva na tarde desta terça (6) em Rio Branco.


O coronel disse que o estopim para a decisão foi a retirada por parte do governo de uma gratificação que beneficia também militares inativos, a chamada “etapa alimentação”, cujo valor gira em torno de R$ 800. O corte deve ser feito a partir deste mês, conforme informações da polícia. Para ele, a saída do subcomando foi uma “questão de princípios”.


O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do estado, mas até a publicação desta reportagem não houve resposta.


“Os maiores afetados são os policiais da reserva, que já deram mais de 30 anos de serviço, trabalharam muito e, hoje quando mais precisam de amparo, isso é retirado. Eu não poderia por princípios éticos, morais e consciência, abandonar a tropa”, falou Araújo.
Com a mudança, Araújo volta a exercer apenas as funções pertinentes ao cargo de coronel.


“Estou deixando uma função de gestão, que é muito mais burocrática e estou indo para a rua, para combater a criminalidade, unindo esforços com cada membro da Polícia Militar, que a cada dia tem guerreado contra o crime organizado. Vou para a parte operacional”, disse.


Mortes em Rio Branco
A carta com o pedido de demissão foi enviada ao comando da PM em meio a uma onda de execuções registradas na capital acreana. Somente entre o sábado (3) e o domingo (4), ao menos cinco mortes foram registradas.


A Secretaria de Segurança Pública (Sesp-AC) voltou a ligar a nova onda de execuções à briga entre facções criminosas. O responsável pela pasta, Emylson Farias, disse que a disputa por território entre grupos rivais “nunca vai deixar de ter”.


Somente no sábado foram registradas três mortes, em bairros da capital. O primeiro homicídio foi registrado no início da tarde. O pintor Francisco da Silva Amorim, de 24 anos, foi morto a tiros no bairro São Francisco. Segundo informações, dois homens em uma motocicleta efetuaram ao menos três disparos contra o jovem que também estava em uma moto.


O segundo caso ocorreu na Avenida Antônio Pessoa Jucá, no bairro Tancredo Neves, também na tarde de sábado. O adolescente Renan da Silva Nascimento, de 15 anos, foi atingido por ao menos três tiros e não resistiu. Após ser atingido pelos disparos, o jovem entrou em um comércio. Um outro jovem que estava com Nascimento, de 25 anos, também foi baleado, mas se evadiu do local.


O terceiro homicídio ocorreu por volta das 18h de sábado na rua, no bairro Chico Mendes. Desta vez, a vítima foi o jovem Eliel Carvalho da Silva, 20 anos. Silva foi morto com cerca de três tiros. Segundo informações, os suspeitos seriam dois homens em uma motocicleta, que, após os disparos, teriam saído comemorando o crime.


O estudante Natanael Vitor Aguiar da Silva, de 16 anos, foi morto a tiros na noite do domingo (4), no Conjunto Esperança, em Rio Branco. Segundo familiares, o adolescente estava em frente à casa de um amigo quando ao menos dois homens chegaram e efetuaram os disparos. Ele morreu ainda no local.


A Polícia Civil do Acre investiga ainda um vídeo que circula pelas redes sociais em que aparece parte da cena de um jovem sendo esquartejado em Rio Branco. Segundo o responsável pela Delegacia de Homicídios e Proteção de Pessoas (DHPP), delegado Roberth Alencar, a vítima se trata de Gabriel Nunes da Silva, de 17 anos, que foi reconhecido pelos pais nas imagens.


 


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