Depois de ameaças e 4 execuções, 400 presos voltam do semi-aberto hoje. Juíza pede segurança máxima

papudinhaA juíza Luana Campos pediu reforço máximo no retorno dos presos que estão no semi-aberto. A magistrada alertou o Comando da Polícia Militar e á Secretaria de Segurança Pública sobre a necessidade de atenção redobrada na chegada dos presos à unidade P4 (Papudinha), que acontece logo mais às 17 horas.


Neste momento, a juíza está reunida com o diretor da Papudinha, Dênis Pícolo, e o comandante da PM, tenente coronel Júlio César. O risco de confronto é muito grande entre as facções Bonde dos 13 e Comando Vermelho. Esses presos dormem em alojamentos com beliches compartilhados. Aliás, a água de beber, o banheiro e os corredores são compartilhados por todos. A segurança Pública admitiu que não tem o que fazer diante de uma possível briga entre os presos rivais.


O diretor do presídio diz que a única saída é botar tornozeleira eletrônica em todo mundo – cerca de 400 presos – e mandar eles para prisão domiciliar até que o presídio passe por uma reestruturação interna. Ou seja, dividir em dois ou três o espaço que já existe, para evitar confrontos.


Daqui a pouco, no momento da revista, haverá um efetivo reforçado da PM. Um grupo de agentes penitenciários mais experientes estará junto, para controlar a entrada dos presos.


Só pra lembrar> todos os apenados foram liberados no sábado, numa decisão estratégica da juíza, depois que o Estado e o Judiciário foram informados sobre um plano da facção Bonde dos 13 para eliminar os rivais do Comando Vermelho e PCC.


Na quinta, porém, 80 integrantes do CV não voltaram ao presídio com medo de serem surpreendidos pelos inimigos. Na sexta, outros 45 deixaram de comparecer. Não se tem idéia de quantos voltarão daqui a pouco para dormir na cadeia, principalmente depois das quatro execuções registradas no fim de semana e atribuídas à guerra entre facções. O diretor do presídio informou que, os faltosos serão submetidos aos rigores da lei, apesar da justificativa de que, se comparecerem à Papudinha, podem pagar com a própria vida.


A situação é grave e o alerta para separar os presos por facções foi feito depois da invasão à Papudinha e da rebelião no Francisco D ´Oliveira Conde, há dois meses, quando quatro detentos morreram e dezenas ficaram feridos. O Governo do Estado pediu ajuda à Federação da Indústria (Fieac) para fazer a obra.


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