O bárbaro crime aconteceu no ramal Gadelha, na zona rural do município de Senador Guiomard, distante cerca de 20 km de Rio Branco, a capital do Acre.
E de acordo com informações o crime em si ocorreu no último domingo, dia 11, mas o corpo somente foi descoberto e o crime desvendado nesta sexta-feira (16).
Segundo informações do delegado Ricardo Casas, titular da Delegacia de Polícia Civil, daquela cidade, na última quinta-feira (15), a família da vítima Evan Silva dos Santos, de 42 anos compareceram à delegacia para registrar que ele estaria desaparecido desde domingo (11).
Durante o registro do desaparecimento, o filho da vítima Everton Silva dos Santos, de 19 anos, contou ao delegado que o pai estaria consumindo bebida alcoólica no domingo, e que ele (Everton), suspeitava que ele teria ido à casa de uma ex namorada e que a mulher teria matado seu pai. O delegado contou que o filho ainda teria comentado:” Se alguém matou meu pai, ela deve apodrecer na cadeia”.
O muito falar do filho da vítima chamou a atenção dos policiais civis que juntamente com policiais militares do município iniciaram uma investigação, começando por identificar as últimas pessoas que estiveram com a vítima do desaparecimento.
Mas, todos os relatos de vizinhos, só apontavam para o filho da vítima, como sendo a pessoa que teria sido vista pela última vez em companhia de Evan.
Mesmo assim, os policiais passaram a procurar a vítima pelos ramais próximos, na cidade e até cidades vizinhas.
Nesta sexta-feira (16), quando uma equipe mista de policiais civis e militares retornaram a propriedade rural de onde a vítima supostamente teria desaparecido, teriam se deparado com uma cova rasa, localizada em uma Colônia, próximo onde a vítima morava.
Ao mexer na terra solta, os policiais visualizaram os pés de um homem e imediatamente acionaram peritos do Instituto Médico Legal – IML e Corpo de Bombeiros, que ao retirarem o corpo descobriram ser de Evan Silva, o homem que estava desaparecido.
Com o encontro do corpo, o filho falante, passou a conta muitas outras histórias, e mais uma vez atraiu a atenção da polícia que decidiu ouvi-lo formalmente, já que era apontado por todos como sendo a última pessoa vista com a vítima antes do desaparecimento.
Sem saber que a polícia estava montando o quebra cabeça, Everton Silva, filho da vítima já foi alegando desculpas para a motivação do crime e entregando o comparsa, João Victor de Sousa Ferreira, de 22 anos.
Everton contou que durante todo o domingo, ele consumiu bebida alcoólica em companhia do pai, do amigo João Victor e duas mulheres, uma seria namorada de João Victor e a outra namorada de Everton.
Já no período da noite, o pai de Everton teria dado dinheiro para ele ir juntamente com Victor comprar drogas, para os dois consumirem.
Everton conta que deixou a namorada dele e a do amigo Victor em companhia do pai, e quando os dois retornaram teriam flagrado o pai com uma faca na garganta da namorada de Victor, obrigado a jovem a fazer sexo oral nele.
Segundo relatos do filho, assim que o pai percebeu o retorno do filho, saiu correndo, mas Victor teria se apossado de um pedaço de pai e lançado contra Evan que foi atingido na cabeça e caiu.
A partir daí conta o Everton, ele o próprio filho da vítima, juntamente com o amigo João Victor passaram a agredir o Evan a pauladas e facadas.
Após matar o pai, Everton chamou o amigo e comparsa João Victor para enterra-lo, e como o corpo pesava muito, decidiram enterra-lo na Colônia do vizinho, e na hora de jogar o corpo na cova, teriam deixado de cabeça para baixo, porque foi a melhor maneira que encaixou na cova.
Os dois foram presos e indiciados por crime de homicídio e ocultação de cadáver.