Grupo AnimaNaturalis organizou evento para chamar a atenção para o sofrimento dos animais cuja pele é usada para confecção de roupas.
Dezenas de ativistas pelos direitos dos animais protestaram nus e cobertos de sangue falso neste domingo (11), em Barcelona, no nordeste da Espanha, para protestar contra a morte de animais para confeccionar roupas de pele.
“Quantas vidas por um casaco”, dizia um cartaz, exibido por Luisa Escribano, de 53 anos, e a filha dela, Bárbara, de 21, ajoelhadas entre os manifestantes.
“É muito importante chamar a atenção para o que acontece com os animais e passa desapercebido para a maioria. Eles sofrem e morrem em fazendas, mas suas vidas contam para mim e para minha família”, disse Luisa.
Todos os anos, mais de 60 milhões de animais – mais da metade na União Europeia – são sacrificados para fabricar casacos e outros artigos de pele, segundo o grupo de defesa dos animais AnimaNaturales, organizador do protesto.
“Associou-se equivocadamente o uso de peças de pele com o luxo e a moda”, afirmou Aída Gascón, encarregada da filial da AnimaNaturalis na Espanha. “Mas se mostrarmos a dor que existe por trás de um casaco de pele e informamos sobre as muitas alternativas para vestir sem ter que arrancar a pele e tirar a vida de um animal, podemos conseguir que as pessoas parem de comprar estes artigos”, acrescentou.
A Espanha produz 70% das roupas de pele de vison (grupo de mamíferos semelhantes à doninha) e 63% das de pele de raposa, segundo esta associação.
Dinamarca e Finlândia são os principais produtores e exportadores no mundo destes artigos, que também são produzidos em larga escala em países como Rússia, Canadá, Suécia e Holanda.