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Subtenente que matou sargento no AC foi tirado da recuperação antidrogas para servir a PM

Adelmo já estava na reserva e o governo o trouxe de volta para o serviço militar pagando gratificação de 2 mil reais sobre a aposentadoria

Adelmo já estava na reserva e o governo o trouxe de volta para o serviço militar pagando gratificação de 2 mil reais sobre a aposentadoria

O subtenente Adelmo, que matou o sargento Paulo Andrade, na tarde desta quinta-feira, dentro do Quartel da PM, em Rio Branco, era ex-dependente químico. Ele passou por várias casas de recuperação, inclusive fora do Acre. Em Rio Branco, Adelmo recebeu tratamento na Comunidade Arco-íris, mantida pela Igreja Católica, mas, posteriormente, não conseguiu manter-se sóbrio. Após crises de abstinência, o militar procurou ajuda no Centro de tratamento Ômega, há cerca de sete meses, que recebe apoio da Cades.


Adelmo já estava na reserva e o governo o trouxe de volta para o serviço militar pagando gratificação de 2 mil reais sobre a aposentadoria. O estado reconvocou dezenas de militares para não abrir concurso público para a contratação de novos policiais. Segundo o próprio serviço social da PM, uma média de 83% do contingente da reserva tem.problemas com drogas e já não possui capacidade emocional e psicológica para o serviço policial


Um amigo em comum, que foi cabo da Polícia Militar e hoje vive como cidadão normal, ao saber da tragédia, revelou que Adelmo era “uma pessoa maravilhosa quando não estava sob efeito de entorpecente”. Ele acredita que o subtenente foi movido por uma crise de abstinência, que o teria deixado fora de si. “O Comando da PM sabia da vida dele. O governo não poderia expor uma pessoa em tratamento para manter a ordem social, se ele já vivia em conflito com si próprio”, disse o amigo do militar, que pediu para não ser identificado.


Versão da PM


O capitão Russo, que responde pela Assessoria de Imprensa da PM-AC, informou que Adelmo será submetido a exame toxicológico. Esse tipo de avaliação, de acordo com a lei, deve ocorrer, no máximo, 24 horas após o crime. O oficial disse estar ciente destas condições, mas não confirmou haver registros de que o subtenente fosse dependente químico. “Se ele foi chamado para trabalhar, mesmo sendo da reserva, é por que ele reunia condições para tal. Eu, pessoalmente, não saberia informar se o subtenente tinha problemas com entorpecentes”, disse Russo.


 


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