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Adelmo já estava na reserva e o governo o trouxe de volta para o serviço militar pagando gratificação de 2 mil reais sobre a aposentadoria
O subtenente Adelmo, que matou o sargento Paulo Andrade com um tiro à queima roupa, dentro do quartel da PM, em Rio Branco, será submetido a exame toxicológico ainda nesta sexta-feira, informou a capitã Cleissa, da Corregedoria-Geral da corporação. A avaliação será feita no Instituto Médico Legal (IML), disse a oficial. “Ele tinha problemas com drogas, sim”, revelou Cleissa.
Após o crime e a lavratura do flagrante, Adelmo foi submetido a interrogatório. Porém, ele permaneceu calado, sob a justificativa de estar exercendo o seu direito constitucional. Adelmo está preso numa cela comum do Batalhão do Bope, sem direito a visitas, aguardando o agendamento da audiência de custódia.
A capitã estima que o acusado deva perder o status de policial militar, mas a aposentadoria não seria afetada. O benefício seria transferido a família, pois Adelmo, si considerado culpado, pode ser condenado a até 18 anos de reclusão em regime fechado.
Tentativa de fuga e linchamento
O filho do sargento morto, Paulo André, de 23 anos, recebeu a reportagem, mas pediu para não falar publicamente por enquanto. No velório de Paulo Andrade, testemunhas do crime disseram que Adelmo efetuou o disparo á queima roupa, ao saber que seu nome seria lançado no livro de ocorrências como causador da discussão com a vítima. O sargento usava colete à prova de balas, mas o disparo foi feito no braço. O projétil atravessou o tórax, perfurou vários órgãos e se alojou no fígado. O sargento ainda correu por cerca de 20 metros, gritando por socorro, até cair sem vida. Os militares que testemunharam o crime tentaram linchar o subtenente, o que não ocorreu devido á intervenção de um policial que tomou a arma de sua mão. O criminoso tentou fugir do flagrante, mas foi imobilizado e preso.