Até o fim do ano, Michel Temer deve conceder novos reajustes a servidores federais. A pressão aumenta, em meio a tão debatida proposta do governo de limitar as despesas federais por 20 anos.
Entre julho e agosto, quando ainda era presidente interino, Temer aprovou reajustes para várias categorias, entre eles o de servidores do Judiciário, do Ministério Público da União, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia-Geral da União (AGU), do Banco Central, de agências reguladoras e de militares das Forças Armadas.
Segundo o G1, os aumentos devem impactar os cofres da União em cerca de R$ 50 bilhões, mas o o governo alega que estes reajustes já estavam previstos e foram negociados pelo governo PT, antes mesmo de Temer assumir a presidência.
Entre os grupos que vem demonstrando insatisfação com os salários, estão os servidores do Ministério das Relações Exteriores. Os funcionários têm organizado diversos protestos, cobrando reajustes, mas ainda não fizeram um acordo com o governo. Suellen Paz, presidente do Sindicato Nacional deste ministério, disse ao portal de notícias que pretendem mobilizar os parlamentares para aprovar o reajuste de 27,9% nos salários da categoria.
Entretanto, a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contraria os interesses dos funcionários que procuram aumentos salariais no próximo ano.
Segundo o deputado, o reajuste do salário de servidores da Polícia Federal e da Polícia Federal Rodoviária foram os dois últimos projetos aprovados pela Câmara dos Deputados. “Já avisei ao governo que qualquer outro aumento que for enviado neste momento, acho que vai ficar parado”, disse.