Uma criança de 13 anos deu à luz um bebê do sexo masculino, no dia 4 de junho, na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. O pai, um homem de 45 anos, está sendo formalmente denunciado por estupro de vulnerável na Delegacia de Proteção à Mulher. A denúncia é do Conselho Tutelar, que recebeu todo o histórico do caso do Serviço Social da maternidade pública. A mãe admitiu viver maritalmente com o homem desde os 10 anos. Os conselheiros tutelares sugerem que a menina tenha sido “convencida” ao relacionamento quando tinha 8 ou 9 anos de idade. A lei trata a menor como vítima e o adulto como criminoso. Porém, tanto a menina quanto a mãe dela fazem uma defesa aberta do rapaz, que trabalha numa empresa privada como corretor de vendas. Na maternidade, em entrevista às assistentes sociais, ela disse que o seu “marido” é um homem “muito bom”. A sogra, ouvida também, afirmou que “ele dá de tudo para ela, e sempre a tratou com respeito”.
O conselheiro tutelar que recebeu as informações confirmou que o caso está sendo levado à polícia, para investigação. Ele não quis se identificar, mas afirmou que, independente da vontade da menina e da mãe dela, o homem pode responder criminalmente. O casal vive há três anos na mesma casa. O bebê está sob os cuidados da mãe e da avó. A reportagem localizou o pai da criança. Ele pediu para não ter seu nome citado, e assumiu estar inquieto, pois nunca teve a intenção de fazer mal à “esposa”.
Caso idêntico
A denúncia foi feita por Maria Zilda Nascimento de Lima, mãe da garota. Segundo Maria, a filha estava morando com o pai no seringal e a relação teria sido autorizada por ele. Revoltada ao saber da situação, Maria procurou o Conselho Tutelar e a Delegacia de Proteção ao Menor, em Cruzeiro do Sul e denunciou o caso.
No mesmo ano, policiais Civis da Delegacia de Proteção ao menor de Cruzeiro do Sul prenderam em flagrante na comunidade Pau-d’arco, Rio Liberdade, José Ademário Prudêncio da Silva, 39 anos, por estupro de vulnerável. O homem mantinha uma relação de marido e mulher com uma menina de apenas 11 anos.
A informação chegou à polícia através de denúncias de moradores. O exame de conjunção carnal comprovou os abusos sofridos pela criança. A menina ainda teria sido vítima do padrasto e de outras pessoas da família, as informações ainda estão sendo apuradas.