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Motorista nega ter jogado gatos para serem atropelados em rua no Acre

carro_utkgjgpA repercussão do caso de dois filhotes de gato que teriam sido jogados pela janela de um carro em uma das ruas do Conjunto Tucumã, em Rio Branco, assustou o engenheiro civil Marcus Dantas, de 41 anos.


É dele o carro que aparece na imagem compartilhada no Facebook com a denúncia. O homem, no entanto, nega que o caso tenha ocorrido.


No dia 2 de setembro, uma autônoma, que não quis se identificar, contou que flagrou uma mulher dentro do carro jogando os animias no meio da via pública para serem atropelados.


A versão, entretanto, é contestada pelo engenheiro civil. Dantas afirma que ele e a filha dele, de 22 anos, eram as pessoas que estavam no veículo no momento que foi fotografado pela testemunha. Ele diz ainda que a filha dele avistou os gatos e resolveu pegá-los para levar para adoção.


“Acredito que a pessoa que fez a denúncia só passou rapidamente pelo meu carro e não entendeu o que estava acontecendo”, afirma.


Dantas diz que a filha conseguiu pegar um dos gatos a adotou-o. “O outro fugiu para trás do carro e foi entrando no mato. Até pedi que ela não corresse atrás desse. Foi quando percebi que um veículo veio, passou por mim e passou na frente”, conta. O homem diz que seu único receio na hora era que os gatos tivessem dono.


Repercussão
Dantas diz que só ficou sabendo da repercussão do caso após ser alertado por amigos sobre a foto em que o veículo dele aparecia. “Amigos que conhecem a placa do meu carro mandaram mensagem, perguntaram o que estava ocorrendo”, diz.


O homem conta ainda que achou estranha a denúncia. “Quem me conhece sabe que sou uma pessoa de coração muito grande e totalmente de bem. Fui ler a manchete e tentar entender. Eu não estava jogando o gato, na verdade, estava justamente acolhendo ele”, enfatiza.


O caso assustou a mulher e a filha do engenheiro. Especialmente depois que um internauta conseguiu identificá-lo e expor o endereço dele após acessar os dados do veículo. “Havia comentários de baixo calão, incitações de ódio. Algumas pessoas diziam que se tivessem com revólver acabariam com o carro ou com a pessoa. Minha esposa entrou em pânico depois que leu essas postagens”, conta.


A situação alterou a rotina da família. Marcus diz ainda que registrou um boletim de ocorrência e deve ingressar judicialmente contra as pessoas que compartilharam a foto e contra autores de ameaças. “As pessoas precisam entender que precisam responder por aquilo que fazem, mesmo nas redes sociais”, finaliza.


Polícia investiga
O caso foi registrado na Delegacia da 4ª Regional de Rio Branco e de acordo com o delegado Pedro Resende, está sendo apurado.


“Ao que tudo indica a mulher foi precipitada em dizer que ele havia jogado os gatos. Até porque ele nos apresentou comprovação que o que ele fez foi pegar um dos gatos. Não há nenhuma comprovação de que um dos gatos tenha morrido”, salienta.


O G1 entrou em contato com a testemunha e com a autora da postagem, que é prima dela. A autora disse que nenhuma das duas deve se posicionar até que o caso seja esclarecido.


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