Moradores do Beco Amazonas e da Rua Castro Alves fecharam, por quase duas horas, um trecho da Avenida Antônio da Rocha Viana, no final da tarde desta terça-feira (22). O grupo pedia que a Prefeitura de Rio Branco execute obras de drenagem no local, para evitar o transbordamento de um bueiro durante as chuvas. Uma guarnição da Polícia Militar do Acre (PM-AC) foi ao local para dar suporte a manifestação.
O representante da Secretaria de Articulação Comunitária Social de Rio Branco Francisco Barroso foi até o local para conversar com os manifestantes e tentar chegar a um consenso. Montou um grupo de cinco de moradores e os levou para uma reunião. “Nós vamos resolver o problema deles”, disse antes de seguir com o grupo para a sede da prefeitura.
“Na última chuva que ocorreu, todas as casas foram alagadas e os móveis de todos ficaram acabados. O povo não aguenta mais, eles só vêm fazer promessas e nem limpar mais limpam a área. Queremos que ao menos arrumem, porque alaga tudo”, desabafa Lília Cavalcante, de 35 anos, que vive no local há 22. Ela conta ainda que por causa do problema já perdeu cama, geladeira, guardarroupas e mantimentos.
Já a aposentada Deolinda Maria, de 50 anos, conta que em uma das chuvas esse ano o neto dela, de sete anos, sofreu um acidente por causa do problema. “Ele vinha da escola e caiu dentro de um bueiro que estava aberto. Quase se afogou. Tirei-o do colégio porque estava vendo a hora de ele morrer afogado”, reclama. Ela diz também, que mesmo após o incidente o bueiro continuou aberto.
A técnica de enfermagem Célia Contreira, de 34 anos, disse que essa não é a primeira vez que os moradores reclamam dos problemas na região. “O prefeito já foi no local umas quatro vezes e prometeu que iria fazer essa obra. Trouxe uns tonéis, mas disse que eram pequenos e ia trocar. Isso já tem mais de um ano. É um absurdo”, finaliza.