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Moradora reclama de esgoto construído em bairro de Rio Branco

chuvaA pensionista Rosa Moreira, de 53 anos, diz que já teve um prejuízo de R$ 5 a R$ 6 mil em móveis, no período de mais de um ano. Toda vez que chove, segundo Rosa, o esgoto de um bueiro, construído no Programa Ruas do Povo, invade a casa dela e a dos pais, localizadas na rua 2 de abril, Bairro Placas, em Rio Branco.


Ao G1, o Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) informou, por meio da assessoria de comunicação, que vai acionar uma equipe para ir até o local e verificar se ainda existem obras do programas em execução.


A casa de Rosa foi invadida novamente pela água durante a forte chuva que caiu na cidade na quinta-feira (17). Dados da Defesa Civil de Rio Branco apontam que, em pouco mais de 1 hora, choveu 44% do esperado para o mês de novembro na capital acreana. Segundo o órgão, entre 19h45min e 21h choveu 94 milímetros, dos 209 milímetros previstos para todo o mês


“Aqui não alagava, mas depois que colocaram um bueiro muito pequeno que não dá fluxo para o volume de água passou a alagar. Foi colocado há um ano e meio e nunca ninguém fez nada. Está com dois invernos que alaga e ninguém toma providências. Não tenho mais nada dentro de casa porque a chuva vem e alaga. Acabaram minhas coisas”, afirmou a moradora.


Rosa acrescenta que já perdeu guarda-roupa, sofá, freezer e outros móveis. Entre os objetos que sobraram, a pensionista disse que fez uma armação para suspender os móveis. Quando não é a chuva, Rosa revela que sofre também com o mau cheiro do esgoto.


“Se for colocar tudo na ponta da caneta, dá de R$ 5 mil a R$ 6 mil de prejuízo, do ano passado para cá. Não podemos sair nem pela rua da frente e nem pela outra porque a água toma conta. Fica só aquele mar. Construíram um supermercado aqui perto recentemente. Fizeram um aterro lá também e piorou mais. O mau cheiro aqui é triste. A gente ver as fezes descendo nos canos. Fica exposto na minha porta, não aguento mais”, detalha.


A pensionista conta também que a mãe, de 78 anos, e o pai, de 84, já caíram quando caminhavam perto de uma estrutura construída para desviar o bueiro. “Minha mãe caiu do trapiche que está todo solto e quebrou. Caiu e quebrou o ombro, isso tem uns três meses. Meu pai caiu esses dias, está com um mês, e bateu a perna. Pegou cinco pontos. A gente quer que o Depasa faça alguma”, reclama.


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