Com um ano e cinco e meses, a pequena Barbara Evellyn aguarda uma vaga no Instituto Nacional de Traumatologia (Into) no Rio de Janeiro para fazer uma cirurgia para corrigir uma displasia no quadril.
A viagem será custeada pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD), mas a mãe, Deisiany Costa, de 30 anos, iniciou uma campanha para ajudar no pós-operatório da menina. A família é de Rio Branco e está organizando uma feijoada para arrecadar fundos e ajudar a menina.
Com a intenção de arrecadar de R$ 3 mil a R$ 5 mil, a autônoma decidiu vender convites a R$ 20 para uma feijoada, que deve ocorrer no próximo dia 10, no Chalé Bar.
Deisiany conta que o dinheiro deve ajudar nos cuidados da menina, uma vez que teve que largar o emprego para cuidar exclusivamente da filha.
“É para ajudar nos custos da viagem e também criar uma espécie de poupança para quando ela precisar de alguma coisa ter como comprar. Quando ela tinha três meses, o médico passou um suspensório de Pavlik. Era R$ 350 e me pegou de surpresa, demorei um bom tempo para conseguir arrecadar o dinheiro”, relembra.
O abandono do emprego, segundo a dona de casa, se deu porque, após a cirurgia, a menina deve usar uma calça de gesso e vai precisar de atenção redobrada. “Não tenho como pagar uma pessoa e acho que ninguém daria melhor atenção do que eu, que sou mãe. Já é difícil conseguir alguém para cuidar de criança, imagina com deficiência”, diz.
A luxação no quadril faz com que a menina não consiga andar. A mãe também conta que existe uma diferença de cinco centímetros de uma perna para a outra. “O médico disse que seria uma reconstrução do quadril. Às vezes ela tenta dar um passo e cai”, conta.
Mãe também de uma menina de 15 anos, a dona de casa diz que vive da aposentadoria da menina. “É uma forma de eu viajar e ficar tranquila, sem precisar da ajuda de ninguém. Por isso, decidi fazer essa feijoada”, finaliza.