Um furto registrado na madrugada de segunda-feira (14) a uma loja de confecções no bairro Sobral terminou de forma inesperada. De acordo com a estudante Fabiana Silva de Moura, ela, o irmão e o namorado, também estudante, Kemerson Silva Muniz, foram presos injustamente após uma tentativa de furto a uma loja de confecções que fica ao lado da casa onde ela mora, no bairro Sobral.
Fabiana conta ainda que todos estavam dormindo quando, por volta das 00:30h desta terça-feira (15), o irmão dela ouviu um barulho. Ao sair de casa para verificar do que se tratava, ele se deparou com um homem andando por cima da casinha do cachorro e outro em cima do telhado do banheiro. Ele chamou o namorado de Fabiana para ajudar, mas ela não o deixou sair.
Na casa, moram Fabiana, a mãe, o irmão e o padrasto. Com a confusão, todos acordaram. O irmão da jovem então teria saído e foi até a outra rua em busca dos bandidos.
Ela disse que saiu atrás dele com medo dos suspeitos tentarem algo contra seu irmão. Minutos depois outros vizinhos foram ao local, assim como a polícia. Kemerson (que só foi ao local tempos depois) foi abordado pela polícia e acusado de ser o assaltante.
“Ele [policial] bateu nele; deu uma ripada nele; ficou perguntando pelo outro, e ele dizendo que não sabia ‘de outro’ e dizendo que não era ladrão. O policial bateu no rosto dele, jogou ele (sic) no chão que machucou a testa dele (sic). Eles nem deram a chance de explicar que ele não era bandido”, revoltou-se.
Ao chegar ao local onde estavam as testemunhas, todos disseram que o jovem não era o suspeito. Mesmo assim, ele foi levado à Delegacia de Flagrantes. Além de Kemerson, Fabiana e o irmão também foram levados.
Ela e o namorado ficaram detidos. Às 7h da manhã de hoje, a estudante foi liberada, mas Kemerson continua detido no aguardo da audiência de custódia.
“Todo mundo falou que o Kemerson não tinha nada a ver, ele estava dormindo mais eu (sic). A prova é tanta que eu fui presa de baby doll. Ainda fui assediada por um policial por causa do meu baby doll curto, passei vergonha lá, fui constrangida. Eu fiquei presa numa cela com uma mulher que é líder de facção. Ela ficava dizendo que ia matar a gente, ficava ameaçando a gente”, relatou Fabiana.
A jovem disse ainda que a mãe, uma senhora de 50 anos, também teria sido agredida pelos policiais.