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Jovem acusa PM de agressão após namorado ser confundido com ladrão

homem_feridoA estudante de história Fabiana Silva de Moura, de 22 anos, alega que policiais militares agiram de forma truculenta durante uma abordagem na madrugada desta terça-feira (15), no bairro Sobral, em Rio Branco. A jovem diz que o namorado Kemeson Silva Nunes, de 24 anos, e o irmão Tharlison José da Silva, de 19, foram confundidos com assaltantes de uma loja próximo à casa dela. O namorado, segundo ela, teria levado três golpes de ripa.


Ao G1, a Polícia Militar (PM-AC) informou que não foi feita nenhuma denúncia formal. Disse também que o comando possui total confiança na atuação da guarnição e que toda a ação foi legítima até que se prove o contrário.


Destacou, no entanto, que fica à disposição dos reclamantes, caso queiram procurar a corregedoria para fazer as reclamações.


“A gente estava em casa, meu irmão levantou para ir no banheiro, que fica do lado de fora, e viu duas pessoas no quintal. Ele correu e nos acordou, pois achamos que estavam tentando roubar as bicicletas. Nisso, meu irmão correu para uma outra rua atrás dos assaltantes e fui atrás, queria pedir para ele voltar para dentro de casa. Meu namorado veio atrás de mim e quando o encontrei já estava algemado e tinham dado três ‘ripadas’ nele e batido no rosto”, alega.


Fabiana alega que não sabiam que a dupla já havia feito um assalto e achavam que eles entrariam na casa ondem moram. Ela conta ainda que duas vizinhas mostraram telhas e uma cerca quebrada. Ela alega que uma marcenaria, que fica próxima a casa dela, também estava com o cadeado arrombado. As ferramentas usadas pelos assaltantes foram encontradas pelo padrasto dela no quintal da família.


“No quintal da vizinha tinha até a sandália de um dos assaltantes, acho que eles perderam na fuga. Quando chegaram com o meu namorado, todas as pessoas que estavam no local disseram que não era ele e que estavam prendendo a pessoa errada, mas já colocaram ele no camburão”, relata.


Após a prisão do namorado, os policiais teriam ido atrás do irmão, que se trancou no quarto. Nesse momento ela teria começado a filmar a ação com o celular. Segundo ela, os policiais teriam pegado o aparelho e apagado vários vídeos. A família procurou um advogado e disse que deve mover uma ação contra o Estado, mas não disseram quando devem fazer isso.


A estudante alega ainda que quebraram o portão da casa dela, entraram no local e derrubaram a mãe que ficou com hematomas. Fabiana também foi presa, pois teria resistido à prisão, mas ela nega. Todos foram encaminhados para a Delegacia de Flagrantes (Defla) onde firam detidos até a audiência de custódia na tarde de terça.


“Fiquei constrangida, pois eu estava apenas com roupa de dormir e meu namorado de cueca. Meu irmão tirou a blusa e me deu para vestir. Eles disseram que seríamos apenas testemunhas, mas nos levaram no camburão. Meu namorado e meu irmão não têm passagem pela polícia. Agora meu namorado responde por furto qualificado, precisa ir a cada 30 dias no fórum e não pode sair da cidade. Fiquei arrasada, me trataram como deliquente”, finaliza.


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