A diretoria do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) voltou a visitar o Hospital de Clinicas Raimundo Chaar, em Brasileia, no sábado (19/11), e verificou que continuam a se agravar as péssimas condições de trabalho no local, colocando em risco os pacientes e os profissionais de saúde.
Na unidade de saúde foram constatadas a falta de medicamentos, de médicos e equipamentos essenciais para o atendimento ao público. Ainda foi detectada a falha na segurança de servidores e pacientes. Cartazes alertam os frequentadores que objetos podem ser furtados.
Segundo o presidente em exercício do Sindmed-AC, Murilo Batista, as falhas são graves e persistem, o que não poderia ocorrer, porque a população sofre há anos mesmo depois de uma decisão judicial obrigando o poder público a apresentar investimentos.
“Além das precárias condições na estrutura física do hospital regional do Alto Acre, segue o desmonte patrocinado pelo governo que não tem compromisso com o abastecimento de medicamentos, ainda faltam profissionais, como ortopedista e obstetra e, agora, a unidade não tem nem segurança patrimonial. Um verdadeiro abandono”, protestou o sindicalista.
A diretora do Sindicato, Jacqueline Fecury, afirmou que irá cobrar da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) resposta urgente para a resolução dos problemas.
“Por diversas vezes, o Sindicato visitou o hospital e apontou quais eram os problemas. Vamos continuar com a fiscalização. Há dois anos, existe a promessa de inauguração de um novo hospital e até o momento as dificuldades persistem”, afirmou.
A atuação do Sindmed-AC resultou em ação judicial contra o Estado, obrigando as autoridades a promoverem mais investimentos na estrutura mínima da saúde do Alto Acre, mas até o momento a decisão continua sendo descumprida.
O Hospital de Brasileia atende pacientes de Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri e até dos países vizinhos.
“É importante que a população de Brasiléia possa ter o mínimo de qualidade no atendimento”, finalizou Murilo Batista.