Essa enorme edificação em alvenaria, na rua 21 de dezembro, setor 6, quadra 25, do bairro Nair Araujo, na cidade de Feijó (AC), revela suspeitas de mau exemplo de gestão no Tribunal de Justiça do Acre. A obra, orçada em R$ 5,1 milhões, está abandonada desde junho de 2009, quando a construtora R.C.M Engenharia e Projetos LTDA se desentendeu com o contratante, o próprio TJ-AC e decidiu suspender o serviço. A construtora recebeu cerca de 90%, do recursos previstos e agora alega não ter mais dinheiro para concluir os serviços.
Sete anos depois, o prédio onde iria funcionar o Tribunal de Justiça da Comarca de Feijó se encontra, totalmente, entregue ao matagal, ironicamente, servindo apenas de esconderijo para os usuários de droga.
O piso da obra, todo em porcelanato de primeira qualidade, foi comprado no Sul do Brasil, e já apresenta declives por passar muito tempo exposto ao Sol e a chuva.
Portas, janelas e os vasos dos banheiros foram furtados. O lugar [e alvo constante de vândalos, que tiram uma “boa renda” comprar droga. Ali mesmo eles se drogam.
A cerca de proteção do prédio foi praticamente encoberta pelo matagal, formando um cenário tenebroso para quem passa por ali à noite. A comunidade conta que duas estudantes já teriam sido estupradas no local quando voltavam da escola.
O prédio caminha para se tornar um grande “elefante branco” da Justiça acreana na cidade de Feijó. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Acre o impasse entre contratado e contratante teria sido causado pela empreiteira ao modificar, por conta própria, alguns pontos do projeto original da obra sem permissão.