A presidente da CUT, Rosana Nascimento, reagiu à crítica das entidades sindicais, segundo as quais apenas a Central Única dos Trabalhadores iria sobreviver se o Congresso Nacional aprovar o fim da obrigatoriedade na cobrança do imposto sindical. Reunidos com o senador Sérgio Petecão, nesta terça-feira, mais de 30 líderes sindicais disseram que, em caso de aprovação do projeto, somente a CUT seria beneficiada e, consequentemente, o Partido dos trabalhadores.
“De fato, morrerão os sindicatos que foram fundados para receber imposto sindical. As centrais que não fazem a luta e não arrecadam dos filiados também irão padecer. Hoje, existe mais de 3 mil sindicatos só para arrecadam imposto sindical. Esses vão sumir mesmo”, disse a sindicalista.
Rosana se disse favorável ao fim do imposto sindical, e defende que seja instituída a taxa negocial. “Os sindicatos farão o orçamento de quanto custa a data base e os custos de manutenção. Essas despesas devem ser rateadas entre os trabalhadores que deliberação em assembleias”, explicou. “Quem não faz a luta não sobreviverá mesmo. É bom deixar claro que a CUT sobrevive sem imposto sindical. As entidades divisionistas que foram criadas para fragmentar os sindicatos também irão morrer”, completou. A professora não deixou claro que defende o projeto do senador.
A presidente da CUT, que também presidente o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), informou que a taxa negocial irá fortalecer as categorias e fortalecer o movimento sindical, pois somente as entidades comprometidas com os direitos dos filiados. “A CUT e a única central que possui uma estrutura orgânica horizontal e vertical com sustentação pela contribuição sindical mensal”.
A reunião com a presença dos sindicalistas e do senador tirou um encaminhamento consensual. Todos os líderes sindicais presentes se manifestaram contra o projeto, e sugeriram que Petecão retire a proposta de pauta, do contrário o parlamentar acreano poderá sofrer conseqüências reais nas urnas.