Os 409 quilômetros de asfalto entre Sena Madureira e o Rio Liberdade, na BR-364, que serão completamente reconstruídos, irão custar R$ 210 milhões. Uma nota técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura terrestre (Dnit) informa que todo o pavimento existente ao longo desse trecho será arrancado e substituído por uma camada asfáltica com vida útil de pelo menos 10 anos.
A ordem de serviço será dada nesta quinta, pelo ministro Maurício Quintella Lessa, mas o início da obra não foi informado. Três empreiteiras do interior de Minas Gerais farão os serviços. O canteiro de Obras com usina de asfalto devem ser montados a partir do trevo que dá acesso a Sena Madureira e noutro ponto estratégico ao longo da rodovia. Não se sabe ainda quantos homens irão trabalhar nessa obra.
A Controladoria Geral da União (CGU) aponta falhas insanáveis e desvio de recursos financeiros na ordem de quase R$ 8 milhões. O órgão de controle interno revela que a camada asfáltica é 2 centímetros éinferior ao que foi pago. O governo do PT havia contratado obras para uma camada de asfalto de 5cm – portanto, pagou muito caro por uma obra sem qualidade.
Deputados de oposição obtiveram os documentos que comprovam as irregularidades e desvios de dinheiro.
Os crimes contra o patrimônio público, apontados pela CGU, nunca foram investigados.“Está provado que houve desvio de dinheiro. Estas obras foram superfaturadas e as coisas não podem ficar desta forma. Foi constatado que 40% dos recursos para a pavimentação foram desviados”, disse o deputado Luiz Gonzaga, proponente de uma CPI que não saiu do papel..
A empresa JM, diz a CDG, chegou a receber R$ 20 milhões a mais que o preço da obra contratada. O mesmo grupo empresarial foi designado para fazer a recuperação. Houve medição a maior do serviço. Mediram além do serviço que foi feito, totalizando um superfaturamento de R$ 1,6 milhão.
