Rebelião no Presídio Estadual em Rio Branco, deixa saldo de quatro mortos e 20 feridos

Três detentos são mortos dentro do Presídio. Os nomes devem ser divulgados nesta sexta-feira (21)

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O início da noite desta quinta-feira (20), foi marcado por muita violência durante confronto de facções rivais dentro do Presídio Estadual Dr. Francisco D´Oliveira Conde, precisamente entre presos que cumprem pena nos pavilhões J, L e K e que integram facções rivais.


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A rebelião resultou em quatro mortes, três delas dentro do Presídio e uma de um detento que saiu ferido da unidade prisional socorrido pelo SAMU encaminhado ao Pronto Socorro, morreu horas depois durante cirurgia de emergência.


O detento que morreu no Pronto Socorro foi identificado por Cleidson Bezerra de Souza.


Três detentos são mortos dentro do Presídio. Os nomes devem ser divulgados nesta sexta-feira (21)

Três detentos são mortos dentro do Presídio. Os nomes devem ser divulgados nesta sexta-feira (21)

Relação dos detentos encaminhados ao Pronto Socorro de Rio Branco:


Maycon Alexandre Silva de Almeida


Eliezio Duque da Silva


Michel Francisco de Souza


Antônio Airton Queiroz da Silva


Cleidson Bezerra de Souza (morreu na sala de cirurgia)


Amon de Souza Cunha


Marcos Alexandre da Silva Almeida


Estevão Barroso da Silva


Natanael da Silva


De acordo com informações do Secretário Estadual de Saúde Gemil Júnior, que acompanhou toda a movimentação no Pronto Socorro, desde a manter profissionais de sobreaviso, até a chegada dos detentos feridos, em um total de onze detentos deram entrada naquela unidade de saúde, sendo que por volta da meia noite, um deles não resistiu e morreu quando era submetido a cirurgia de emergência.


Dentro da Unidade prisional foram registradas três mortes e somente após as 23horas foi possível Peritos do Instituto Médico Legal – IML, ter acesso as dependências dos pavilhões para resgate dos corpos.


Foram mais de cinco horas de negociação para que os detentos se rendessem. Segundo foi apurado durante negociação com a Polícia, os detentos rebelados afirmaram que não tinham problema nenhum com a Polícia que a situação era entre facções.


Batalhão de Operações Especiais – BOPE, Corpo de Bombeiros, SAMU, guarnições de todos os batalhões. Agentes penitenciários, policiais civis que estavam de plantão e até os que estavam de folga foram convocados para reforçar a segurança no Presídio e evitar uma carnificina, entre os detentos.


Usando toda a técnica de gerenciamento de crise, oficiais da Polícia Militar do Acre conseguiram que os presos se rendessem e permitissem a entrada de socorro para os feridos, já que os profissionais do SAMU somente puderam entrar para resgatar os feridos após a rendição dos rebelados.


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Pronto Socorro e sede do IML são isoladas e tem reforço na segurança por policiais e agentes penitenciários


Para evitar tumulto e possível tentativa de resgate de preso ou até mesmo morte, policiais civis, militares e agentes penitenciários também foram deslocados para reforçar a segurança na área do Pronto Socorro de Rio Branco, que trancou a entrada principal de ambulatório para atender somente os traumas fundos do Presídio ou de outra parte da cidade.


O isolamento compreendeu parte da Avenida Nações Unidas, Isaura parente e toda rua José de Alencar em frente ao Pronto Socorro.


Familiares dos detentos ficaram isolados a alguns metros de distância da entrada de urgência e emergência do Pronto Socorro.


Médicos cirurgiões e salas de cirurgias do Hospital das Clinicas permaneceu de sobreaviso, caso fosse necessário o envio de feridos para o local, mas não houve necessidades, todos foram atendidos pela equipe do Pronto Socorro de Rio Branco.


Nesta sexta-feira (21), as autoridades de segurança devem fazer um “balanço” do ocorrido dentro da Unidade Prisional e atualizar o número de mortos e feridos.



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