Para conseguir transmitir o conteúdo de forma mais fácil, dinâmica e divertida, a professora Alaíres Silva de Souza, que trabalha há 16 anos em um colégio particular de Rio Branco, decidiu apostar na tecnologia e até em ovo cozido para ensinar geografia aos alunos do 6º ano e também do ensino médio. Ela conta que a ideia surgiu após participar de um curso que ensinava a lidar com os novos softwares. O objetivo é manter os estudantes mais focados no conteúdo.
“Eu quis colocar em prática algumas coisas que aprendemos. Entre elas, estava o aplicativo”, conta.
A ferramenta é usada durante as aulas sobre o Sistema Solar. Com o recurso, os alunos podem saber informações como a distância entre os planetas e quais as principais características de cada um deles. Já o ovo cozido, foi usado para falar sobre as camadas do planeta Terra e os alunos, segundo a professora, que levaram os alimentos para a sala de aula.
Professora há 20 anos, Alaíres diz ainda que o uso de métodos menos tradicionais ajuda no desenvolvimento dos alunos. “Para eles entenderem melhor sempre estou trazendo algo diferente, porque ajuda. Eles [alunos] amaram, porque é diferente. A geografia possibilita isso”, enfatiza.
A docente diz que utiliza ainda programas informativos como o Globo Repórter e até mesmo novelas, como Velho Chico. “Peço muito para eles assistirem, só digo que eles precisam ler e perceber”, salienta.
Notas melhoraram, diz diretora
A diretora da escola, Anamim Almeida, conta que os aplicativos são usados também nas aulas de química, física e matemática. Com esse recurso, ela afirma que a compreensão e interpretação dos alunos sobre o conteúdo melhorou e refletiu um resultado positivo também nas notas. Os softwares usados são oferecidos pela empresa responsável pelos livros da rede particular.
“Cada disciplina usa aplicativos diferenciados para tornar a aula mais dinâmica. Estamos usando os recursos que antes tiravam a atenção do aluno para que ele aprenda ainda mais. Temos que trabalhar de forma diferente com essa geração. É refletido nas notas de várias disciplinas”, destaca.
Anamim conta que inicialmente os professores sofreram com o choque de gerações e tiveram dificuldades para compreender a melhor maneira de usar os aplicativos. Porém, afirma que eles já ultrapassaram essa fase e conseguem extrair o melhor conteúdo possível para repassar aos alunos.
“Todos eles [professores] estão usando isso desde o ano passado. Esses cursos ocorrem mensalmente e todos fizeram formação em tecnologia. Os professores tiveram acesso a sites e jogos que os alunos acessavam ou brincavam. Então, foram criados aplicativos semelhantes aos que os alunos já possuíam familiaridade. Queremos nos atualizar cada vez mais para ajudar os estudantes”, finaliza.