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“Delação não está no nosso radar”, diz advogado de Cunha

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Um acordo de delação premiado não está “no radar” do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso nesta quarta-feira (19) em Brasília. Quem afirmou foi um dos advogados do peemedebista (PMDB-RJ), Ticiano Figueiredo.


“Até o presente momento, não havia hipótese de fazer delação. A delação não estava no nosso radar”, declarou Ticiano. Conforme o advogado, apesar da prisão, ainda não há indicação de o deputado cassado possa fazer uma eventual delação, segundo o UOL.


O defensor, que está em Curitiba, contou que deverá se encontrar com ex-deputado nos próximos dias para redefinir a estratégia de defesa.


“Vamos nos encontrar e avaliar o que será feito. Ele estava em Brasília para, entre outras coisas, conversar com seus advogados sobre sua estratégia de defesa”, disse.


A defesa de Cunha já trabalhava com cenários nos quais a sua eventual prisão era cogitada, conforme indica Ticiano. “A gente avaliava todos os riscos (inclusive o da prisão). O Eduardo acredita muito no julgamento justo do processo dele. Ele vai esclarecer as mentiras dos delatores”.


Cunha é réu em três processos na Justiça Federal. A prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sergio Moro e executada hoje refere-se ao processo no qual o peemedebista responde por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro durante a compra de um bloco de petróleo no Benin pela Petrobras.


Sobre a mulher do ex-parlamentar, Claudia Cruz, ir para Curitiba, Ticiano afirmou que ele não deve se deslocar até a capital paranaense para ficar perto do marido. “Por enquanto ela continuará no Rio”, decretou.


Na sede da PF em Curitiba, o advogado comentou que Cunha “está sereno” e que “não há motivos para essa prisão”.


Antes de falar com seu cliente na sede da PF, Ticiano afirmou que o ex-deputado foi preso enquanto esvaziava o apartamento funcional dele em Brasília. Ele “não foi algemado em momento algum” e os policiais “não fizeram nenhuma exigência, foram extremamente educados”, contou o advogado.


“Os policiais educadamente aguardaram que o Eduardo juntasse algumas coisas e, para evitar uma exposição ainda maior, saíram pela garagem direto para o hangar da PF, e, na sequência, o trouxeram aqui para Curitiba”. Ticiano disse ainda que “todos os factoides que estão dizendo, de que ele [Cunha] estaria numa padaria, na Asa Norte, ou que tentaria fugir, é factoide – ele foi preso no apartamento funcional que estava desocupando essa semana”, concluiu.


 


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