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Começa júri popular de acusado de matar vendedora em loja no Acre

keylaO júri popular de Adjunior Sena, acusado de matar a ex-mulher no dia 29 de fevereiro, em Rio Branco, ocorre nesta quinta-feira (6) no Fórum Criminal, na cidade da Justiça. Keyla Viviane dos Santos foi morta a facadas em frente à loja onde trabalhava, no bairro Estação Experimental. Um câmera de segurança flagrou toda a ação na época. O júri é presidido pela juíza Ana Paula Saboya Lima.


O sobrinho da vítima, Matheus Tavares, disse que a família vai acompanhar tudo de perto. Ele lamentou a forma como a tia foi morta e disse que espera que o acusado receba pena máxima pelo júri.


“Nunca vamos ficar contentes com a condenação porque, na verdade, gostaríamos que o crime nunca tivesse acontecido e que minha tivesse aqui. Eu e minha família esperamos por Justiça. Espero também que a defesa não use de artifícios para manchar a imagem da minha tia”, disse.


Ainda antes de entrar no tribunal, Tavares lembrou da saudade e disse que o pai das duas filhas da vendedora também vai acompanhar o júri. “Em um papel escrito a lápis, a gente pode apagar, mas as marcas sempre vão ficar. Acho que com minha tia foi assim, as marcas dela sempre vão estar presentes em mim e nas filhas dela. Só peço que respeitem a imagem da minha tia”, pediu.


Ao G1, a assessoria do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) informou que não há previsão para o término do julgamento. A imprensa não pôde acompanhar.


Entenda o caso
A vendedora Keyla Viviane dos Santos, na época com 29 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido, Adjunior Sena. O crime ocorreu no bairro Estação Experimental em frente à loja em que a vítima trabalhava. Na época, uma câmera de segurança gravou toda a ação.


Sena foi preso minutos após cometer o crime.No dia 11 de maio, o caso teve a primeira audiência de instrução. Além do sobrinho da vítima, que chegou no local momentos após o crime, dois policiais militares que atenderam a ocorrência, a irmã e filha da vítima foram ouvidos.


No dia 14 de junho, a Justiça do Acre decidiu que o acusado iria a júri popular. A decisão foi assinada pela juíza substituta Ana Paula Saboya Lima, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.


Lei homenageia vítima
Sete meses após o crime, a Prefeitura de Rio Branco sancionou a lei 2.210, que leva o nome da vendedora e inclui no calendário oficial da cidade 1º de março como o “Dia Municipal da Não Violência Contra a Mulher”. O decreto foi publicado no Diário Oficial do dia 26 de setembro.


Com a nova lei, o município deve usar a data para promover atos públicos, palestras educativas, distribuir panfletos, fazer visitas a instituições que abrigam mulheres vítimas de violência e fazer também o reconhecimento de personalidades locais que lutam pela causa.


Dia de luta
Tia da vítima, a professora Maria Rosilda Nascimento diz esperar que a história da sobrinha inspire ações de combate à violência.


“A gente fica emocionada porque foi por um motivo triste, um pesadelo na vida da família, mas, ao mesmo tempo, a gente fica feliz por ser um dia para chamar atenção da sociedade sobre esse tipo de violência, que ainda atinge tantas mulheres. Vamos fazer o possível para que não seja apenas um dia no calendário, mas que seja para chamar atenção. Que seja um dia de luta”, disse.


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