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Cabeça de homem encontrada em Rio Branco permanece no IML

pmA cabeça encontrada pela Polícia Militar(PM-AC), na última quinta-feira (20), no bairro Eldorado, em Rio Branco, permanece no Instituto Médico Legal (IML), também na capital acreana, mesmo após a identificação de supostos familiares ainda na semana passada. O nome da vítima seria Josimar Azevedo dos Santos. O restante do corpo ainda foi encontrado.


O diretor-geral do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Haley Vilas Boas, afirmou que, por não haver impressões digitais, a liberação é feita mediante exames de DNA ou ficha odontológica, quando a vítima possuir.


“A papiloscopia não tem como identificar por não haver as digitais. Para liberar tem que haver a questão do confronto genético. Coletamos o material biológico, vamos fazer o ‘pré-DNA’ e posteriormente serão feitos os exames. Não pode ser estipulado um prazo”, disse Vilas Boas.


Veículo de vítima é encontrado
A PM-AC encontrou, na segunda-feira (24) na Estrada do Panorama, o carro que supostamente pertencia à vítima. O major Edener Silva – comandante do 5° Batalhão – diz que o veículo foi encontrado e identificado pela placa. “Foi acionada a perícia no local, que vai tomar as providências”, acrescentou.


Informações do registro policial relataram que o pai da vítima chegou a ir ao local onde a cabeça foi encontrada e reconheceu o filho. O homem informou à polícia que Santos – a vítima – era usuário de drogas e atuava como ‘aviãozinho’ de um traficante do bairro.


Mortes
A noite da última quinta foi marcada por incêndios, rebeliões no presídio e mortes. O comando da PM-AC informou que foram pelo menos 10 mortes – quatro delas em decorrência da rebelião no presídio Francisco d’Oliveira Conde e o restante em outros crimes em bairros da capital. Praticamente todas as mortes teriam ligação com facções criminosas.


Briga de facções no Acre
Desde domingo (16), o Acre registrou uma onda de execuções que, segundo o secretário da Segurança, Emylson Farias, tem ligação com a briga entre duas facções rivais. O estopim dessa guerra aconteceu na noite de terça-feira (18), quando ao menos 25 criminosos de um grupo organizado armaram uma emboscada para matar presos do semiaberto ligados a uma facção rival. Quatro pessoas foram feridas e apenas um criminoso preso.


O ataque aconteceu na Unidade Prisional 4 (UP4), quando os presos voltavam para dormir na unidade. No dia seguinte, o governo acionou 500 homens do Exército, destes 200 ficaram em Rio Branco e o restante em cidades da fronteira. Além disso, os 380 da chamada “Papudinha” foram  liberados do pernoite até esta sexta-feira (21).


O presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC) também registrou um início de motim na quarta-feira (19). O motim iniciou no pavilhão I, dentro do “Chapão”, onde ficam os sentenciados. A assessoria do Iapen confirmou que um grupo de presos começou a bater nas grades e a gritar, mas a situação foi contida a tempo. A visita íntima foi suspensa devido ao ataque registrado na noite anterior.


Na quinta-feira (20), uma briga durante o banho de sol no FOC deixou um ferido em Rio Branco. A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) informou que os presos usaram estoques durante a confusão no pátio da unidade.


No mesmo dia, durante a entrega de marmitas no presídio, os presos se rebelaram e tomaram conta de três pavilhões da FOC. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na unidade e, inicialmente, conseguiram retomar os pavilhões L e K. O Pavilhão J foi o último a ser controlado. Após a rebelião, em coletiva, o governo afirmou que dois carcereiros foram presos sob suspeita de fornecer armas para presos atuarem no complexo.


No total, quatro presos morreram. Um chegou a ser socorrido no Hospital de Urgência e Emergência, mas não resistiu. Além disso, 19 ficaram feridos.


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