Por unanimidade, os funcionários de bancos do Acre decidiram aceitar a nova proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)e encerrar a greve que já durava 31 dias. A proposta foi aceita durante assembleia da categoria na tarde desta quinta-feira (6).
O presidente do Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb-AC), Edmar Batistela, afirma que o serviço deve voltar ao normal já na sexta-feira (7).
“Foi por unanimidade, foram aprovadas as propostas para os bancos privados, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco da Amazônia. Os serviços devem retornar o mais breve possível”, destaca.
A proposta aceita pelos bancários inclui reajuste de 8% ainda em 2016 e abono de R$ 3,5 mil. No vale-alimentação o aumento deve chegar a 15%. Já no vale-refeição e no auxílio creche-babá o reajuste é de 10%. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também deve ser reajustada em 8% neste ano.
Para 2017, a proposta prevê ainda reposição da inflação e mais 1% de aumento real para os salários e em todas as demais verbas.
Entenda o caso
A greve dos bancários foi deflagrada em todo o Acre no último dia 6 de setembro. Os bancários reivindicavam reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação, além de participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
A categoria pedia também piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Outra importante reivindicação eram o vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Além disso, os trabalhadores do ramo financeiro queriam ainda melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral. Garantia do emprego, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas fecha.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas haviam sido rejeitadas pelos bancários.
De acordo com o Seeb-AC, 47 agências fecharam as portas durante a greve. O número representa mais de 80% das agências do estado. Segundo o presidente do sindicato, cerca de 600 bancários paralisaram as atividades no período. A categoria chega a quase 1,1 mil profissionais no Acre.