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No Acre, vice da Câmara assume cargo após prefeito ser preso pela PF

prefeitos_montagemApós a prisão do prefeito de Bujari, Raimundo Ramos, o vice presidente da Câmara de Vereadores, Celso Camelo (PRB-AC), mais conhecido como Celso da Cordona, assumiu o cargo na manhã desta quinta-feira (15).


Ramos e os prefeitos de Santa Rosa, Rivelino Mota, e Plácido de Castro, Roney Firmino, foram presos na quarta (14). Eles são  apontados pela Polícia Federal (PF) como responsáveis por um esquema de fraude em licitações públicas.


As investigações da segunda fase da ‘Operação Labor’ apontaram que o trio teria feito um rombo de R$ 2 milhões nos cofres públicos.


Camelo foi empossado, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, porque o presidente da Câmara, Adaildo Santos, é candidato a reeleição, ficando indisponível para assumir o cargo. Já a vice prefeita, Edileuza Meneses, morreu em 2015, após 10 anos lutando contra o lúpus.


O G1 tentou contato com o advogado de Ramos, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.


Outras prefeituras
Ao contrário do que ocorreu no Bujari, o vice-prefeito de Plácido de Castro, Francisco Tavares (PP-AC), assumiu o cargo de Roney Firmino. A informação foi repassada pela assessoria de imprensa da instituição.


Já em Santa Rosa do Purus, conforme o procurador juridico do município Rodrigo de Araújo, a prefeitura ainda não foi notificada oficialmente sobre o afastamento do gestor. Araújo disse ainda que o vice-prefeito, Edileuso Kaxinawá, concorre ao cargo de vereador, enquanto a presidente da Câmara de Vereadores, Marcelinda Nascimento, e o vice dela, James Moura, disputam a reeleição.


“Ele só pode ser retirado das funções mediantes ordem judicial ou processo de impeachment, que não é o caso. Na eventualidade de o desembagador considerar a medida de afastá-lo, na hipótese do vice-prefeito não assumir, nem o presidente e o vice da Câmara, assume o juiz ou a juíza que tem jurisdição do município, que eu acredito ser o de Manoel Urbano”, explica.


Operação Labor
A operação da Polícia Federal iniciou no dia 12 de julho deste ano e cumpriu 12 mandados judiciais – quatro de conduções coercitivas, quatro de busca e apreensão, e outros quatro de prisão.


São apurados também os crimes de associação criminosa e ainda frustração de direitos trabalhistas. As investigações mostraram um suposto acordo entre empresários, com quatro CNPJ’s, que simulavam uma concorrência em processos de licitação para contratar com o poder público. Tais contratos em todas as esferas teriam ultrapassado os R$ 12 milhões.


A polícia informou que as empresas costumavam cancelar contratos com o poder público quando juntavam uma determinada quantidade de ações trabalhistas. A ideia seria evitar o bloqueio de recursos, o que causava prejuízo aos funcionários. Em seguida, as empresas eram fechadas, gerando também problemas aos trabalhadores.


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