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Militar preso era ‘homem de confiança’ de facção, diz delegado

mais_de_60_pessoas_foram_presas_em_rio_branco_e_cruzeiro_do_sul_durante_operacao_da_policia_civilPreso pela Polícia Civil durante a primeira fase da Operação Êxodo, no último dia 15, o subtenente da reserva do Corpo de Bombeiros José Augusto Rufino desempenhava funções importantes dentro de uma organização criminosa que atua no Acre, segundo o delegado Odilon Vinhadelli Neto. A ação, que ocorreu em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul, prendeu 63 pessoas.


Os representantes legais do subtenente não foram localizados até a publicação desta reportagem.


O comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Carlos Gundim confirmou que ele está preso no quartel à disposição da Justiça, mas disse não saber oficialmente quais as acusações que pesam contra ele.


“Não temos acesso e não é nem de interesse nosso. Ele está preso no quartel porque, embora esteja na reserva, ainda é militar”, disse. Gundim também não soube passar mais informações sobre o militar, como o tempo em que ele está na reserva ou a idade dele.


Durante as investigações, de acordo com o delegado, a polícia encontrou indícios do envolvimento do militar. “Era uma espécie de homem de confiança da organização. Desempenhava um papel importante de articulação logística, bem como tinha envolvimento com tráfico de drogas”, disse. Neto salientou ainda que as investigações sobre o caso continuam.


Entenda o caso
As prisões ocorreram pela 1ª fase da Operação Êxodo, que investiga pessoas em conflito com a lei que agiam na prática de roubo, homicídio, tráfico, associação para o tráfico, associação criminosa, além de ataques contra patrimônios no Acre.


Além do subtenente foram presos empresários e assessores parlamentares que teriam participação diretamente com a organização, segundo informações da polícia.


Foram cumpridas 94 medidas judiciais, sendo 63 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão. Quem está à frente da operação é a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco), em conjunto com o Departamento de Inteligência (DI). Ao menos nove delegados, 150 agentes e dez escrivães de polícia participaram da ação.


Entre os presos estavam também, Erika Cristina de Oliveira e Mariceldo Silva do Nascimento, assessores do deputado federal Wherles Rocha (PSDB-AC). O parlamentar confirmou que a mulher era assessora dele e que desconhecia que Nascimento tinha envolvimento com o crime.


Após as prisões, Rocha questionou a investigação e disse ter enviado, no dia 20 de setembro, ao Ministério da Justiça um pedido para que a Polícia Federal investigue a operação. Segundo ele, a polícia não apresentou fotos, interceptações telefônicas ou outras provas que liguem os assessores dele à organização criminosa. O parlamentar afirma que após a prisão da servidora, passou ser apontado na mídia como financiador do crime organizado no estado.


Sobre os questionamentos o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, disse ao G1, em matéria publicada no dia 20 de setembro, que entidade é vinculada ao Poder Executivo e ao Ministério Público e tudo que for de atribuição da Polícia Federal será repassado para a entidade.


“A Polícia Federal é co-irmã. O que é de atribuição da Federal é passado imediatamente para lá, independentemente se o investigado pede ou não. Não é assim que funciona, que investigado escolhe onde vai ser investigado.Trabalhamos com lei e não para fazer especulação. Isso não altera em nenhuma maneira nosso jeito de trabalhar”, afirmou.


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