A Justiça do Acre manteve, nesta sexta-feira (23), a prisão preventiva do camelô Jocir Bezerra de Freitas, de 41 anos,suspeito de ser o autor dos disparos contra o candidato a vereador Elivaldo Santana dos Santos, de 36 anos. O crime ocorreu no dia 24 de agosto, no ramal do Açaí, na Vila do V, em Porto Acre.
Ao G1, o advogado de Freitas, Márcio Júnior Franca, informou que ingressou com pedido de anulação da medida há pelo menos duas semanas e que justificou pelo fato de o cliente ter residência fixa e ser pai de família.
Sobre os próximos passos da defesa, Franca disse que vai aguardar o contato com a família, já que o combinado era apenas essa fase inicial que foi indeferida.
A decisão foi tomada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco que negou o pedido da defesa do camelô de anulação da prisão temporária por 30 dias. A prisão preventiva de Freitas ainda pode ser prorrogada por mais 30 dias. Caso o delegado responsável pelas investigações não solicite a prorrogação, o camelô deve responder em liberdade.
A Justiça informou ainda que os indícios da autoria do crime foram comprovados por meio dos depoimentos de testemunhas, além de reconhecimento e de uma infração de trânsito que Freitas cometeu enquanto conduzia o carro que teria sido usado durante a fuga. Segundo a decisão, o camelô deve continuar preso para “manter o bom andamento das investigações”.
Entenda o caso
O camelô Jocir Bezerra de Freitas, de 41 anos, foi preso no último dia 2, no bairro Areal, região da Baixada da Sobral, em Rio Branco, por suspeita de homicídio.
De acordo com a Polícia Civil, Freitas seria o autor dos disparos contra o candidato a vereador Elivaldo Santana dos Santos, de 36 anos, morto a tiros no dia 24 de agosto, no ramal do Açaí, na Vila do V, em Porto Acre.
O carro de Freitas, que estava na casa, também foi apreendido. Na delegacia, Freitas negou ter participação no crime. “Não sei do que se trata, nem do que estão falando, nem porque estou preso. Nunca matei uma galinha, como vou matar um ser humano?”, questionou o suspeito.
O candidato foi morto enquanto saía de casa. Segundo informações de um amigo e funcionário de Santos, Antônio Vicente, de 36 anos, dois homens em uma moto abordaram o candidato e, após confirmarem o nome, dispararam contra ele. O candidato chegou a ser socorrido por populares e foi levado para Rio Branco, mas não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital.