Informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública.
Autoridades estariam recebendo ameaças por telefone e redes sociais.
Agentes de segurança pública e juízes de direto do Acre vem recebendo ameaças após atransferência de 12 presos do Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, para o presídio federal na cidade de Mossoró (RN). O secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias diz que ele próprio está entre os que recebem ameaças. A transferência foi uma medida tomada após a onda de ataques em algumas cidades do Acre, a partir de então, as ameaças se tornaram cada vez mais constantes.
As transferências ocorreram uma semana após ataques criminosos no estado, motivados pela morte de um assaltante em confronto com a Polícia Militar, no bairro Vila Acre em 16 de agosto. Conforme a Segurança Pública, as ações teriam sido comandadas de dentro do presídio.
Entre os ameaçados estão os juízes Cloves Augusto, titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, e Luana Campos, da Vara de Execuções Penais. O G1 entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
As tentativas de intimidação seriam feitas através de ligações telefônicas e mensagens nas redes sociais. “O Cloves foi a pessoa que assinou a transferência dos presos. Já a Luana, estamos investigando para saber com clareza a extensão da ameaça contra ela. Isso é uma coisa normal para nós da segurança e tenho certeza que para eles também”, afirma Farias.
O secretário acrescenta ainda que a segurança pessoal e a rotina dos juízes foram alteradas após as ocorrências. Para Farias, no entanto, as ameaças são a confirmação de que as ações contra os criminosos estão dando certo.
“O que podemos fazer nesses momentos é nos cercar de todas as cautelas e já fizemos. Segundo ponto é que não vamos parar, pelo contrário, vamos aumentar as ações das polícias, do Ministério Público e do Judiciário”, comenta.
O secretário salienta ainda que, após as transferências, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) deslocou outros oito detentos, também considerados como lideranças de grupos criminosos, de uma unidade prisional para o Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco.
Farias diz também que os agentes da Inteligência da Polícia Civil estão trabalhando para encontrar os autores das ameaças. “Estamos investigando, temos um trabalho de inteligência muito focado e quando pedimos para eles [vítimas] se anteciparem, reforçar a segurança e mudar a rotina, é porque já sabemos quem são e como vamos chegar neles”, finaliza.