O desaparecimento de Rairleny Ganum da Silva, de 19 anos, e Arnaldo Reis Praxedes, 63 anos, completou três meses na sexta-feira (2). Ao G1, o delegado Pedro Paulo Buzolin, responsável pelas investigações, diz que não há novidades no caso e não descarta a possibilidade de sequestro, homicídio ou latrocínio.
“Não há registros de que eles deixaram a cidade, nem informação de cadáver ou algo assim. As investigações permanecem e uma equipe está em campo fazendo levantamentos e buscando uma solução para este caso”, explicou o delegado.
Triste com a ausência de Rairleny, a irmã Rairla Ganum se manifestou no perfil que mantém no Facebook sobre o desaparecimento e disse que dói não poder ter a irmã por perto. “Três meses sem você, mana”, lamentou.
Ao G1, Rairla relatou que a família acredita que Rairleny está viva, mas teme as condições em que ela se encontra. “Não tenho nenhuma novidade, a polícia não nos falou nada. Não perdemos as esperanças, nos mantemos unidos e confiando que ela está viva, mas não sabemos se ela está bem”, disse.
Entenda o caso
O casal está desaparecido desde o dia 2 de junho. De acordo com os familiares da jovem, ela estava em casa quando Praxedes teria ido buscá-la com a promessa de que teria encontrado um emprego para ela, depois disso não foram mais vistos.
O carro de Praxedes foi encontrado no dia seguinte incendiado. Além disso, a polícia informou que a casa do aposentado foi invadida e dois televisores roubados.
Apesar de a polícia não descartar o sequestro como uma das linhas de investigação, a irmã do idoso Conceição Praxedes alegou, em entrevista ao G1 no dia 2 de agosto, não acreditar nessa hipótese. Procurada pela reportagem novamente, Conceição não quis comentar o caso.
“Apesar de manter pouco contato com ele [irmão] não acho que ele sequestrou a jovem. Nossa família encontra-se na mesma situação que a da jovem Rairleny, estamos aflitos por não saber a motivação do acontecido, por não sabermos nenhuma notícia que possa nos tranquilizar”, lamentou Conceição.
Para cobrar respostas das autoridades, um grupo de familiares e amigos da estudante realizou um protesto, no dia 6 de junho, e fechou a Rua do Divisor, no Bairro Vitória, em Rio Branco, por pelo menos uma hora.
Os dois têm um filho de quatro anos e a menina possui também uma filha de dois, de outro relacionamento.