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Alunos coletam mais de meia tonelada de garrafas pet em projeto “São Francisco sem pet”

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Como parte da disciplina de biologia, os alunos da escola Clícia Gadelha coletaram mais de 3 mil garrafas pets das ruas de Rio Branco, somando 510 quilos. A ação fez parte de uma competição em que o grupo que arrecadasse mais garrafas seria o vencedor. Mas a causa foi maior que a disputa.


Conscientizar os alunos sobre a destinação do lixo e a reutilização de materiais considerados descartáveis foi o principal objetivo da professora Giuliana Santi ao lançar o desafio aos 20 alunos do terceiro ano do ensino médio, no final de julho deste ano.


Todas as garrafas serão doadas para a ONG SOS Amazônia, que ajudou na pesagem do material. A entidade vai vender o produto para reciclagem e converter para uma campanha de proteção de quelônios no Alto Juruá.


“A gente quer mostrar onde a população descarta esses materiais, nas margens de igarapés, contribuindo para alagações futuras e para eles verem que todo o material que a gente descarta pode ter uma utilidade”, afirma.


Superando as expectativas e objetivo principal da professora, a aluna Clicia Alves Felisberto, de 16 anos, conta que a atividade ajudou na convivência em grupo e na comunicação entre a vizinhança e familiares.


“Aprendi a socializar com o grupo e a ser mais comunicativa com a família, porque passamos a fazer uma conscientização com eles. Eu conversei com meus pais, expliquei a importância e eles começaram a me ajudar. Também pedíamos para as pessoas nas casas e elas ajudaram muito com as garrafas”, explica a aluna.


No bairro São Francisco, o projeto teve o nome de “São Francisco sem Pet” e fez os alunos coletarem o lixo jogado nas ruas e, até nas margens do igarapé, que recebe o mesmo nome do bairro. “A gente entrava nos terrenos baldios, na beira do igarapé, e no meio da rua mesmo. Tem muito lugar com bastante lixo. O legal é que já percebemos uma diferença na limpeza do bairro”, afirma Clícia.


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A professora também aproveitou para abordar os problemas desse lixo contextualizando com uma realidade que os acreanos vivem com frequência: a enchente do Rio Acre. Giuliana espera também que, com a campanha, outras escolas e pessoas se motivem e percebam a eficácia do projeto, que trata, principalmente, de uma mudança de hábito e conscientização ambiental.


Projeto Quelônios do Juruá
O projeto Quelônios do Juruá é realizado pela ONG SOS Amazônia desde 2003 com o objetivo de garantir a conservação das espécies de tartarugas, tracajás e iaçás na região do Vale do Juruá.


De acordo com a instituição, aproximadamente 18 mil quelônios foram devolvidos à natureza, mas ainda é considerado um baixo número para a ONG.


Durante 2010, a campanha teve apoio de outras organizações, mas, atualmente, conta com a equipe da organização e com voluntários que se identificam com a causa, como a professora Giuliana. “É um projeto muito legal e eu, como professora de biologia, trabalhando com eles sobre ecologia, pensei em envolvê-los nesse sentindo. A gente vê muita garrafa pet, todo mundo compra, usa, bebe, joga fora e elas têm um destino bem melhor”, afirma.


 


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