Foi aberta na noite dessa terça-feira, 20, no anfiteatro Garibaldi Brasil, a 2ª Semana de Psicologia da Universidade Federal do Acre (Ufac). Nesta edição, o evento discute o tema “Saúde mental: implicações, impasses e desafios”.
A conferência de abertura trouxe o psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Sergipe, Alan Santana Santos, que falou sobre a os desafios atuais enfrentados no movimento de luta antimanicomial, que se caracteriza pela defesa dos direitos das pessoas com sofrimento mental. O movimento combate a ideia de isolamento da pessoa com sofrimento mental, fazendo lembrar que, como todo cidadão, essas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento adequados.
A programação da semana segue até sexta-feira, 23. Além dos sete minicursos que estão sendo ofertados, há mesas-redondas para discussões de temas como autismo, psicanálise, depressão e suicídio.
Na manhã desta quarta-feira, 21, os participantes puderam debater o tema “A saúde mental na atenção primária”. A mesa contou com a presença da professora da Ufac Vânia Damasceno; da enfermeira e coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial de Rio Branco, Vanessa Rodrigues; da psicóloga e diretora da Associação de Pacientes e Amigos de Saúde Mental do Acre, Daniela Tonelly; e do psicólogo Jonsos Nunes Junior“Precisamos aprender a integrar o ensino a unidades de saúde. Antes de aprender a manejar a depressão, precisamos aprender a lidar com as pessoas”, destacou Nunes Junior durante o debate. “O acolhimento não se limita a receber sorrindo ou se livrar do problema; envolve uma dinâmica relacional e organizacional em que a palavra central é disponibilidade.”
À noite, a mesa-redonda será “Saúde mental e políticas públicas” e contará com a presença dos professores da Ufac Álex Augusto Brandão e Valéria Rodrigues, do psicólogo Régis Alburquerque, da professora Rita Meuer, da Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso.