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Turistas ignoram pedido, e Paris reforça luta contra ‘cadeados do amor’

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A Prefeitura de Paris quer que a cidade continue sendo “a capital do romantismo e do amor” -desde que não haja mais (e definitivamente) cadeados em suas pontes.


De acordo com a agência AFP, as autoridades da capital francesa vão lançar uma nova campanha reforçando a tentativa de dissuadir os turistas da prática de pendurar cadeados para deixar um testemunho de seu amor.


No ano passado, a prefeitura dedicou esforços para acabar com a moda, depois que a grade de uma ponte desabou, provavelmente por causa do peso dos itens.


A empreitada envolveu a remoção de quase 70 toneladas de cadeados e a instalação de painéis de acrílico para proteger as grades em locais como a Pont des Arts.


Ocorre que os turistas não deram ouvidos aos pedidos das autoridades e só mudaram o lugar da exibição de seu “amor lacrado” -para, por exemplo, a Pont Neuf, a mais antiga da cidade, a 400 metros de distância, e as pontes Alexandre 3º e Simone de Beauvoir.


“Nos próximos dias serão instalados painéis e uma sinalização especial no chão de várias pontes, especialmente na Pont Neuf”, disse, na terça-feira (2) Bruno Julliard, vice-prefeito da capital francesa e responsável pela área de Cultura, depois de uma reunião técnica para discutir o tema.


Segundo o jornal francês “Le Parisien”, os cartazes dirão, em inglês e francês, frases como “Sem cadeados, Paris agradece” ou “Declare seu amor de outra maneira”.


Julliard acusa os pequenos objetos de “obstruir as vistas do rio Sena” e de configurar um risco à segurança local, pelo perigo de desabamento.”Paris é uma cidade muito romântica, em particular no Sena e em suas pontes, mas é necessário proteger o patrimônio. Podemos declarar nosso amor de outro jeito que não com um cadeado”, afirmou.


De acordo com o “Le Parisien”, outras medidas serão tomadas depois da “rentrée”, a volta das férias de verão”, mas elas ainda serão decididas com as equipes técnicas e arquitetos especializados no patrimônio local. Com informações da Folhapress.


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