Um levantamento feito pelo EXTRA mostra que pelo menos 17 pessoas foram mortas e 18 baleadas durante a Olimpíada, entre os dias 5 e 21 de agosto deste ano, no município do Rio. Do total, 15 vítimas são policiais.
Logo no dia da abertura dos Jogos, a arquiteta Denise Ribeiro Dias, de 51 anos, foi morta com um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto na Via Binário, no Centro do Rio. De acordo com o 5º BPM (Praça da Harmonia), a vítima estava indo para o trabalho quando foi abordada. Após o disparo, ela perdeu o controle do veículo e foi parar do outro lado da pista, onde se chocou com um poste.
Dois dias depois, outro caso chocante. Uma menina de apenas 2 anos morreu durante uma perseguição policial Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ana Clara Quintanilha estava com a mãe e dois irmãos no Fiat Uno da família quando um Fiat Ka roubado colidiu contra a traseira do carro. A garota, que estava no banco de trás, sofreu uma forte pancada na cabeça. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, também na Zona Oeste, mas não resistiu ao ferimento.
No período olímpico, pelo menos quatro policiais foram mortos e 11 acabaram feridos. Destes, cinco casos foram registrados em áreas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Um dos casos mais graves foi o da morte do soldado da Força Nacional Hélio Vieira Andrade, de 35 anos. O PM de Roraima estava no Rio para reforçar a segurança durante Olimpíada e entrou por engano na Favela Vila do João, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. A viatura que ele dirigia foi atacada a tiros por traficantes. Outro policial que estava no carro também foi baleado, mas sem gravidade.
No dia do encerramento da Olimpíada, neste domingo, o motorista do Uber Marcos Vinícius de Oliveira Leite, de 42 anos, foi morto a tiros em seu carro, um Voyage branco, por volta das 3h, na Rua Cândido Benício, na Praça Seca, na Zona Oeste da capital.