Muito abalada com tudo que aconteceu, a mãe do jovem de 17 anos, morto asfixiado dentro do Centro Socioeducativo Juruá, em Cruzeiro do Sul, acredita que a morte do filho tenha sido encomendada.
Mãe de quatro filhos, Eliana Silva, de 39 anos, é empregada doméstica e, além do que morreu, tem outro filho internado no centro, também por furto.
Um dia após chegar na unidade, o menino foi amarrado e asfixiado por quatro colegas do alojamento que ocupava. Ela conta que há cerca de dois anos os dois filhos se envolveram com drogas e, por conta disso, faziam furtos para pagar dívidas ligadas ao tráfico.
O jovem morto no centro, segundo a mãe, estava morando escondido em Porto Walter, interior do Acre, e teria ido para Cruzeiro do Sul após a mãe pedir ajuda para interná-lo.
“A última vez que o vi foi na delegacia. Disse que ele só ia me ver depois de um mês e ele disse: ‘tudo bem mãe, vai dar certo’. Mas eu sempre soube que no dia que um dos meus filhos quisessem se endireitar já ia ser tarde demais”, lamenta.
Pelo fato de o crime ter sido um dia após a chegada da vítima na unidade, ela acredita que tenha sido planejado. “Tem que ter acontecido alguma coisa. Porque se quisessem fazer algo tinham feito na noite em que ele chegou e fizeram um dia depois. Quero saber o que aconteceu”, diz emocionada.
Entenda o caso
Um adolescente de 17 anos foi amarrado e morto dentro do Centro Socioeducativo Juruá, na cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. A direção da unidade acredita que o jovem tenha sido asfixiado com um lençol por quatro indivíduos que dividiam o alojamento com ele. O menor tinha dado entrada no centro no domingo (28) e cumpria pena por furto pela segunda vez.
Dois dos quatro envolvidos no crime, segundo a unidade, já são maiores de idade e devem ser encaminhados para o presídio.