Ao todo, foram efetuados oito disparos contra os animais, aponta denúncia.
Associação de proteção aos animais deve fazer denúncia na corregedoria.
A Associação Patinha Carente denunciou, no último sábado (27), um caso de maus-tratos contra animais. De acordo com a presidente da ONG, Vanessa Facundes, a dona dos animais procurou ajuda e perguntou como poderia denunciar policiais que mataram os dois cachorros dela, ambos da raça pit bull, a tiros no bairro Mocinha Magalhães, em Rio Branco. Ao total, de acordo com a denúncia, foram oito tiros contra os dois animais.
A polícia nega que tenha agido de forma irregular durante a abordagem e informou que os policiais foram ao local cumprir um mandado de busca por tráfico de drogas.
Porém, ao chegar na casa, o traficante teria instigado os animais a atacarem sendo necessário o abate. Após isso, prenderam o homem e apreenderam drogas, munições e armas.
“A pessoa disse que o cunhado possui uma casa no mesmo quintal que ela e toda a ação seria contra ele, sendo assim, os donos dos cachorros não teriam nada a ver com a ação. Disse ainda que duas crianças brincavam com os cachorros no momento dos disparos. Um dos tiros na cadela foi nas costas, se ela tivesse atacado o tiro seria na frente. Disseram que ficou a marca de tiros e que vizinhos estão dispostos a testemunhar”, destaca Vanessa.
Testemunha
Uma testemunha relatou que em nenhum momento os animais atacaram e que os agentes invadiram o local e efetuaram ao menos oito disparos contra os bichos. Ela conta ainda que a dona dos animais ficou amedrontada com a ação e teme fazer uma denúncia.
“Eu estava na janela de casa quando eles derrubaram o portão. Um dos cachorros estava na garagem e apenas se levantou no susto, não atacou, mas eles atiraram. A outra cadela, que estava prenha, correu para se esconder embaixo da casa, mas eles foram lá e efetuaram mais quatro disparos” relata.
Vanessa explica que vai procurar orientação na promotoria de meio ambiente e que uma denúncia deve ser feita na Corregedoria da Polícia Civil. “Como estavam em serviço devem responder por meio da corregedoria, acredito que é um processo diferente. Infelizmente, a lei ainda é branda quando se trata de animais, mas vamos fazer o possível para esclarecer tudo”, finaliza.