“A última informação que temos é de 40 mortos mas [o número] pode aumentar”, disse à agência AFP Saleh Baloch, ministro da Saúde para a província de Baluchistão.
“Havia cerca de 40 feridos quando estávamos transportando as pessoas para os hospitais”, disse o governante, indicando que desde então não há informação atualizada.
O porta-voz da polícia provincial, Ghulam Akbar, disse à agência Efe que, pouco antes da explosão, foi levado para este hospital o proeminente advogado Bilal Anwar Kasi, presidente da Associação de Advogados do Baluchistão, atingido num tiroteio.
No momento da explosão, encontravam-se no local um grande número de advogados que se tinham deslocado ao hospital depois do ataque a Kasi.
O porta-voz informou ainda que o complexo hospitalar foi palco de troca de tiros entre homens não identificados e agentes da polícia.
Segundo o jornal The Express Tribune, entre as vítimas mortais e feridos encontram-se vários advogados e jornalistas que cobriam o assassinato de Kasi.
Após a explosão foi declarado o estado de emergência em todos os hospitais da cidade.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou as mortes num comunicado em que afirmou que “não se permitirá que ninguém perturbe a paz”.
Nos últimos meses vários advogados foram atacados na província de Baluchistão, região onde operam grupos armados separatistas que realizam ataques contra as forças de segurança e outras instituições do Estado, além de fações talibãs e grupos extremistas.
Há menos de uma semana o advogado Jahanzeb Alvi foi assassinado por atacantes não identificados e em junho o diretor da Universidade de Direito, Amanullah Achakzai, foi também baleado.